SOBRE POLÍTICOS E FANTOCHES
Vivemos uma época bem movimentada neste país tropical abençoado por Deus e bonito por natureza: jogos olímpicos, campanha eleitoral... No primeiro, vemos nossos esportistas dando exemplo de técnica e garra, enquanto que em termos de infraestrutura, organização e segurança, é um vexame atrás do outro.
Com relação à campanha eleitoral, para mim é até temerário opinar, pois sou funcionário público e nossas restrições nessa época aumentam, vivemos pisando em ovos. Mas não sou cego nem burro. Basta ver a lista de candidatos a vereador em todas as cidades deste meu Brasil varonil para ter uma ideia do absurdo. E não estou falando daquelas figuras folclóricas de apelidos inusitados que sempre aparecem nessa época. Falo das pessoas comuns, que nunca demonstraram tendência política e que de repente colocaram seu nome no pleito. Louvo a boa intenção de alguns, pois realmente precisamos de pessoas novas em cargos que decidem sobre a vida do cidadão, pessoas ainda “virgens” de todos os vícios e corrupções que infestam a mente dos políticos de carteirinha. Triste é ver cidadãos pacatos que, na efusão do momento, engambelados pelos discursos prontos dos dirigentes de partidos, embarcam numa viagem insólita que certamente trará mais prejuízos (inimizades, atritos com pessoas de quem antes eram amigos, dores de cabeça, estômago e principalmente indigestão, pois são obrigados a engolir “sapos” e abraçar pessoas que antes tinham vontade de esbofetear) do que benesses. Muitos servem apenas como um fantoche pascácio, destinado a juntar votos para os partidos. Por que no final das contas são os “pulhíticos” de profissão, raposas calejadas na arte de enganar o povão, que acabam chegando ao poder.
Repito: acho louvável a decisão daqueles que realmente entram na disputa por que tem bons princípios e boa vontade. Precisamos de pessoas novas em cargos eletivos, pois dos que estão lá, quase todos já azedaram ou apodreceram de vez. Tenho pena daqueles que se candidatam na ilusão dos belos discursos, ou seduzidos pela promessa de um cargo público e um salário que a maioria não alcança nem depois de uma vida toda de trabalho ou estudos. Esses servem apenas para juntar votos e fazem papel de palhaços diante da sociedade e daqueles que antes talvez até os respeitassem.