A Voz do Sul de Nioaque (1894)
O jornal cuiabano O Matto-Grosso noticiou, em 8 de dezembro de 1895, que havia chegado ao porto de Cuiabá, viajando a bordo do paquete ancorado na tarde do dia 4 do mesmo mês e ano, o senhor João Ferreira Mascarenhas, mais conhecido como coronel Jango Mascarenhas, presidente do diretório do Partido Republicano de Nioaque, onde residia. Estava acompanhado pelo doutor João Cláudio Gomes da Silva redator do jornal A Voz do Sul, órgão pioneiro da imprensa do sul do Mato Grosso, também filiado à referida legenda política.
Nos anos anteriores, João Cláudio Gomes da Silva havia exercido o magistério como professor de Português, Metodologia e Pedagogia do Liceu Cuiabano, cargo do qual pedira demissão com a intenção de fixar residência em Nioaque. São informações registrada no expediente da diretoria de instrução pública, do mês de agosto de 1894, publicado na imprensa de Cuiabá.
Portanto, quase duas décadas antes do lançamento de O Estado do Matto Grosso, primeiro órgão da imprensa de Campo Grande, de propriedade do advogado Arlindo de Andrade Gomes, consta a trajetória desse pioneiro jornal de Nioaque, nascido sob a bandeira dos ideais divisionistas do sul do estado, com o programa explicitamente anunciado de debater todos os assuntos de interesse da região sulina. Projeto político audacioso que foi, logo, fortemente, combatido pelos líderes mais representativos de Cuiabá, fazendo com que A Voz do Sul tivesse vida curta, de aproximadamente dois anos.
Traços memoriais da história desse jornal sul-mato-grossense podem ser encontrados numa obra do escritor campo-grandense Paulo Coelho Machado, em que apresenta uma biografia de Arlindo de Andrades Gomes, primeiro juiz de direito de Campo Grande. Ao confirmar o pioneirismo de A Voz do Sul, o escritor acrescenta que o mesmo era impresso em velhas máquinas adquiridas em Cuiabá, pelo coronel Jango Mascarenhas, o combativo líder político da região sul, no quadro histórico dos primeiros anos do período republicano.
No histórico de Nioaque, disponível no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, consta a indicação de que esse pioneiro órgão da imprensa do sul do Mato Grosso teria sido lançado a 26 de outubro de 1894, sob a direção do doutor João Cláudio Gomes da Silva. Essa mesma fonte indica que o jornal teve curta existência, pois dois anos depois de ser lançado, foi empastelado e todo o seu equipamento foi atirado nas águas do rio Nioaque, incluindo a oficina, o pleno e todo o material de impressão.
A memória coletiva da vila guardou que autor do atentado foi um indivíduo oriundo da capital que pela sua atitude recebeu o apelido de Onça Preta. Em texto publicado em 1988, Paulo Coelho Machado afirmava que até aquela data nenhum outro jornal voltou a ser criado na histórico vila de Nioaque.
Nos anos anteriores, João Cláudio Gomes da Silva havia exercido o magistério como professor de Português, Metodologia e Pedagogia do Liceu Cuiabano, cargo do qual pedira demissão com a intenção de fixar residência em Nioaque. São informações registrada no expediente da diretoria de instrução pública, do mês de agosto de 1894, publicado na imprensa de Cuiabá.
Portanto, quase duas décadas antes do lançamento de O Estado do Matto Grosso, primeiro órgão da imprensa de Campo Grande, de propriedade do advogado Arlindo de Andrade Gomes, consta a trajetória desse pioneiro jornal de Nioaque, nascido sob a bandeira dos ideais divisionistas do sul do estado, com o programa explicitamente anunciado de debater todos os assuntos de interesse da região sulina. Projeto político audacioso que foi, logo, fortemente, combatido pelos líderes mais representativos de Cuiabá, fazendo com que A Voz do Sul tivesse vida curta, de aproximadamente dois anos.
Traços memoriais da história desse jornal sul-mato-grossense podem ser encontrados numa obra do escritor campo-grandense Paulo Coelho Machado, em que apresenta uma biografia de Arlindo de Andrades Gomes, primeiro juiz de direito de Campo Grande. Ao confirmar o pioneirismo de A Voz do Sul, o escritor acrescenta que o mesmo era impresso em velhas máquinas adquiridas em Cuiabá, pelo coronel Jango Mascarenhas, o combativo líder político da região sul, no quadro histórico dos primeiros anos do período republicano.
No histórico de Nioaque, disponível no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, consta a indicação de que esse pioneiro órgão da imprensa do sul do Mato Grosso teria sido lançado a 26 de outubro de 1894, sob a direção do doutor João Cláudio Gomes da Silva. Essa mesma fonte indica que o jornal teve curta existência, pois dois anos depois de ser lançado, foi empastelado e todo o seu equipamento foi atirado nas águas do rio Nioaque, incluindo a oficina, o pleno e todo o material de impressão.
A memória coletiva da vila guardou que autor do atentado foi um indivíduo oriundo da capital que pela sua atitude recebeu o apelido de Onça Preta. Em texto publicado em 1988, Paulo Coelho Machado afirmava que até aquela data nenhum outro jornal voltou a ser criado na histórico vila de Nioaque.