ATITUDE E FÉ
O desafio me atrai, o impossível também. Quando me dizem “é difícil”, me sinto tentada a enfrentar, baseada em meus questionamentos: difícil para quem? Difícil por quê? Quanto de esforço foi investido? Parto do princípio de que nada na vida é definitivo. O outro não ter conseguido não implica dizer que eu também não possa. É preciso ponderar até que ponto ele tentou e em que momento desistiu.
Eu não sou de desistir fácil. Insisto, persisto e me entrego na luta pelo que eu quero pra mim. Penso, planejo, faço meus cálculos e vou a campo buscar os meios de concretização. E embora o medo me imponha limites, também o enfrento, encorajada pelo desejo da vitória. Afinal, meu caráter otimista me diz que os momentos difíceis, apesar de inevitáveis, devem ser compreendidos como oportunidade de crescimento.
Eu tenho sonhos, e estes me vêm não só como aspiração, mas como inspiração, motivando-me a correr atrás do que pretendo alcançar. E por isso me sobreponho às adversidades e invisto meu suor, minhas crenças, meu pensamento positivo e a ação, para torná-los realidade. Um sonho realizado cede lugar a outro, e a outro, e segue-se o ciclo de realizações.
Os eventos de sucesso de minha existência tiveram como base essa minha crença no poder de realização e uma pequena dose de ousadia e coragem. Foi assim com o ingresso no curso superior, por exemplo, 17 anos depois de concluir o ensino médio. Eu tinha motivos para desistir, porque realmente era muito complicado: o trabalho, a casa, as crianças, o tempo que fiquei sem estudar... como conciliar tudo isso e fazer dar certo? Comecei acreditando que eu conseguiria a aprovação no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). E foi o primeiro passo para tantos outros que se seguiram.
Concluo que, confiando na minha capacidade de aprender e no meu esforço, eu posso ser cada dia melhor, pois a vida é esse mundo de possibilidades que me oferece o tempo suficiente para que eu possa crescer.