Como conseguir o primeiro emprego (parte I)
Trabalho com formação de professores há dez anos. Nesse período, orientei individualmente centenas de alunos quanto à mesma pergunta que fiz quando era eu quem estava me formando: como conseguir meu primeiro emprego depois de graduado?
Muitas vezes, o egresso dos cursos superiores podem se sentir aflitos e desencorajados quando, recém-formados, jovens e inexperientes, eles parecem não se encaixar no perfil de realizações que as empresas ou escolas delineiam (o que, vamos combinar, realmente é um perfil idealizado e irrealista demais, mas isso já é assunto para outro artigo).
Neste artigo, dividido em partes, proponho algumas sugestões que vão além da resposta óbvia ou básica: distribuir currículos por aí!
Essa primeira resposta já era ineficaz há vinte anos. Currículos impressos serviam apenas para formar pilhas imensas de papéis que, mesmo quando guardados meticulosamente, ficavam apenas guardados mesmo, porque quando surgia uma vaga ela era logo preenchida por outros meios, como a indicação, por exemplo. Agora, as pessoas ainda insistem em enviar currículos por e-mail. Se não foi solicitado pela outra parte, lamento dizer, eles vão cair no esquecimento ainda mais rapidamente.
Trabalho com formação de professores há dez anos. Nesse período, orientei individualmente centenas de alunos quanto à mesma pergunta que fiz quando era eu quem estava me formando: como conseguir meu primeiro emprego depois de graduado?
Muitas vezes, o egresso dos cursos superiores podem se sentir aflitos e desencorajados quando, recém-formados, jovens e inexperientes, eles parecem não se encaixar no perfil de realizações que as empresas ou escolas delineiam (o que, vamos combinar, realmente é um perfil idealizado e irrealista demais, mas isso já é assunto para outro artigo).
Neste artigo, dividido em partes, proponho algumas sugestões que vão além da resposta óbvia ou básica: distribuir currículos por aí!
Essa primeira resposta já era ineficaz há vinte anos. Currículos impressos serviam apenas para formar pilhas imensas de papéis que, mesmo quando guardados meticulosamente, ficavam apenas guardados mesmo, porque quando surgia uma vaga ela era logo preenchida por outros meios, como a indicação, por exemplo. Agora, as pessoas ainda insistem em enviar currículos por e-mail. Se não foi solicitado pela outra parte, lamento dizer, eles vão cair no esquecimento ainda mais rapidamente.
Então, dica número 1:
não corra atrás de emprego, seja indicado!
não corra atrás de emprego, seja indicado!
Mas, como assim? Tão simples? Não, nem tanto. Não é para sair por aí pedindo para ser indicado só porque você precisa trablahar. Ser indicado leva tempo. É um processo que pode começar quando você ainda está ingressando na faculdade!
Todos talvez conheçam o dito "quem não é visto não é lembrado". Entretanto, eu costumo ir além e digo: "você é lembrado como é visto!
Há alunos que sempre chegam atrasados às aulas, não participam das discussões, apresentam trabalhos medíocres e fora do prazo, isso quando não apenas assinam seus nomes de última hora. E acham que estão enganando a todos: professores e colegas de turma. Como você está sendo visto? Como acha que será lembrado?
Para esses alunos, um lembrete: seus professores e outros colegas sabem dssas estratégias, sabichão!
Costumo dizer que os docentes e mesmo os pares em sala de aula são rica fonte de indicação para o tão sonhado primeiro emprego. Muitas oportunidades surgem e os professores são convidados a indicar os bons alunos para estágios remunerados, projetos de iniciação científica, projetos de empresas, vagas diversas. A maioria dos alunos nem imagina, mas o professor já contratou aquele bom aluno.
E os colegas também. Quando surgir uma vaga onde trabalham, adivinha quem vão indicar? Exato! Indicação hoje em dia não tem o cunho negativo do tal do "QI" (quem indica) do passado. Afinal, se você agora indicar um mau profisisonal, você é quem fica "queimado". Talvez seja fruto do tal dize-me com quem andas que te direi quem és. Ninguém está a fim de ter seu nome, sua marca pessoal, atrelada a um profissional de valor duvidoso. Então, mesmos os colegas estão mais exigentes quanto a quem vão indicar para amigos ou superiores em seus locais de trabalho.
Mas, não confunda ser responsável e ser lembrado com aquelas pessoas chatas e sem noção de quem colegas e professores têm vontade de fugir. Alguns se julgam sabichões, outros fazem perguntas cujas respostas já foram memorizadas na noite anterior. Outros fazem perguntas infinitas. Alguns são arrogantes em seus saberes. Quem é mesmo bom não precisa ficar espalhando aos quatro ventos que é bom. Por seus frutos os conhecereis.
Então, reflita sobre a sua postura nas aulas da faculdade. É participativo? Responsável? Proativo? Geralmente você se voluntaria para projetos e tarefas extras? Faz trabalhos muito bem feitos? Exercita a criatividade? Busca resolver problemas? Mantém a mente aberta para aprender não apenas com os professores, mas também com os colegas? Sabe apresentar suas ideias, ainda que discordando de alguém, de forma respeitosa? É alguém confiante e confiável? Lembre-se: você será lembrado como é visto.
Calma. Nunca é tarde para começar o processo se você ainda não havia parado para pensar nessas questões. Sucesso em seu processo de indicação!
(Leia a parte II AQUI.)
Publicado originalmente: https://www.linkedin.com/pulse/como-conseguir-o-primeiro-emprego-parte-1-solimar-silva