Uma "senhora" chamada: TECNOLOGIA.

"Preciso comprar mais fichas, pois estas aqui não serão suficientes para eu falar com minha mãe que mora lá no Paraná". Quantas pessoas com mais de 30 anos não se lembram das famosas fichas telefônicas que dominaram as décadas de 80 e 90? Comprávamos várias cartelas quando queríamos falar mais tempo com alguém. Sem falar daquelas fichas que faziam ligações interurbano. Este tempo graças a Deus e a tecnologia já não existe mais. Os tempos são outros. Hoje, não precisamos mais carregar pacotes e mais pacotes de fichas para nos comunicarmos, pois a praticidade com que os aparelhos tecnológicos nos oferecem torna-se praticamente impossível voltarmos ao tempo "pré histórico", rs. Falar com alguém de outro estado ou melhor ainda: com alguém de outro continente, tornou-se a coisa mais fácil do mundo. Os meios de comunicação cada vez mais nos proporcionam e nos aproximam de pessoas distantes a Km de distância. Coisas estas inimagináveis há tempos atrás. Até mesmo determinadas cirurgias podem ser feitas online. Sensacional né? Uma verdadeira benção, creio eu. No entanto, como tudo que é bom pode também tornar-se ruim, este contraditório prevalece com a tecnologia. Vejamos: Ao mesmo tempo em que comunicar-se ficou bem mais fácil através da tecnologia (e bota bem nisso), ajudando-nos em nosso dia a dia, ela tristemente pode engessar e mecanizar nossas relações inter pessoal. Podemos reparar isso dentro dos transportes públicos, parques e outros, onde as pessoas (na qual me incluo), a fim de que suas longas, cansativas e tediosas viagens passem mais rápido, tiram de suas bolsas, seus aparelhos de celulares e começam a teclar. E, encurvadas, começam a olhar para as telas em uma espécie de: "fala que eu te obedeço meu senhor". Isso sem falar quando duas ou mais delas estão juntas e começam a teclar e conversar ao mesmo tempo (como conseguimos fazer isso?). Outro dia fui ao shopping almoçar e reparei que grande parte das pessoas que ali estavam mal se alimentavam porque estavam intertidas teclando (os antigos devem estar se remoendo no túmulo caso estejam vendo isso,rs). A situação complicou ainda mais com o advento das redes sociais onde mostrar, ter e aparecer tem sido o grande axioma moderno. Tudo tem que ser exposto. Novidade é coisa do passado. Um familiar que faleceu hoje, por que deixar para postar amanhã? Oras, as pessoas (mesmo que não conheçam o finado), "precisam" saber. Ela necessita ser "consolada", ainda que por pessoas que conheceu em um único dia quando foi à balada. Enfim, o negocio parece ser sério. Bem, quais as conclusões de tudo isso? A primeira é que a tecnologia é um grande divisor de águas. Viver sem ela é praticamente impossível. Ela veio para somar. O segundo é que, ao mesmo tempo em que ela é extremamente útil, sua utilização sem critérios, sem limites e de forma imediata pode aprisionar e escravizar seres humanos que jamais deveriam ser aprisionados e escravizados por algo que deveria servir e não ser servido....

Danilo D
Enviado por Danilo D em 21/07/2016
Reeditado em 21/07/2016
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