O TABACO DO CAPETA
Artigo de:
Flávio Cavalcante
Flávio Cavalcante
O ridículo nesse país além dos muitos problemas na política é o povo que adora uma fofoquinha e fica de plantão nas redes sociais catando qualquer falha de algum famosinho para expor sua imagem; o crucificando e na maioria dos casos, são notícias até mentirosas ou se for de fato muito trivial se fosse com alguém sem eira e sem beira (Fama).
O bochicho da semana gerou as maiores críticas nas redes sociais. O choque dos telespectadores só porque a repórter Glória Maria da Rede Globo de televisão deu uma fungada no tabaco do capeta, só por seguir uma tradição do país onde na reportagem sobre o costume da Jamaica ela teve que experimentar a maconha, esta liberada pelas leis do país. Disseram que ela estaria fazendo apologia às drogas e que se tratava de um absurdo uma criança vendo aquela cena em TV aberta, cenas não costumeira em nosso país.
No Brasil acontecem coisas engraçadas. Viram isto como o maior absurdo; no entanto, acham bonitinho uma criança de cinco aninhos, dançando sensualmente estimulando o sexo em funks com letras chulas e de baixo calão e os pais ainda divulgam em redes sociais.
Particularmente não achei nada demais o eles chamam de histórico na televisão brasileira. Cansamos de vir cenas nas novelas estimulando sexo e até fazendo apologia às drogas e muitas coisas erradas no país e ninguém reclama de absolutamente nada. Só por que foi mostrado pela primeira vez? Não vamos ser hipócritas e achar que o absurdo foi que não teve nenhuma censura, porque; enquanto no Brasil vemos a erva como o tabaco do capeta, na Jamaica eles têm como uma tradição religiosa.
Glória Maria é uma repórter, que além de ter um now how sobre várias culturas estrangeiras é respeitada no meio jornalístico pelo trabalho e por ser uma mulher de fibra que representa de fato a classe feminina.
Não há como negar que para uma pessoa que nunca fumou a referida erva, venha fazer caras engraçadas com a ingestão da fumaça e o efeito que provavelmente ela venha provocar depois da primeira puxada. As caras e bocas da repórter foram motivos de gargalhadas em todos os Estados do país e também censura. Foi uma curiosidade sobre o país de fato. Apesar de as imagens serem reprovadas pela maioria da população brasileira, ninguém desgrudou os olhos da TV e as marcas do ibope foi impressionante na emissora chegando a medir 25 pontos de média no programa do Sérgio Chapelim.
A tribo rastafári tem um ritual que consiste em fazer uma oração e logo em seguida fumar um cachimbo de maconha.
Não sei o porquê o Brasil ainda não liberou a erva como em outros países já é liberado, assim como proibiu muitas outras atividades, como o jogo de bicho por exemplo; e no entanto, o governo é o primeiro apologista a tudo que ele mesmo julga que está errado como as mega-senas, Jogos de loterias esportivas, entre outros jogos de azar que no final das contas arrecadam milhões para os cofres públicos.
No meu olhar Crítico faço a pergunta ao senhor comandante deste país de encantos mil; por que não liberar os jogos, as drogas que o senhor todo poderoso julga errado se o próprio erro está no comando integral deste país, do qual o senhor mesmo contraditoriamente julga que está certo? Não acha que a justiça pra ser boa, tem que começar dentro de casa? Eu acho.