A cúpula não cai.

A cúpula continua em órbita.

Antes que plantonistas que possuem visões de “conspirações” tentem alegar que se está procurando denegrir a imagem do gestor A ou B pelo (mais um) acidente em Congonhas em julho de 2007, esclarecemos que tal fato é fruto da nossa lendária política centenária de realizar obras públicas sem responsabilidades antes (planejamento) e depois (punições).

Nos últimos 50 anos temos dezenas de exemplos:

Queda do viaduto Paulo de Frontin (RJ).

Queda da Gameleira (MG).

Transamazônica inacabada (AM).

Usinas nucleares sub-utilizadas (RJ).

Incêndio do Joelma (SP).

Presídios que não prendem (várias localidades).

Afundamento do Bateau Mouche (RJ).

Afundamento da plataforma P36 (RJ).

Queda do Palace II (RJ).

Buraco do metrô (SP).

Aviões batendo e caindo (várias localidades).

Terceirizações em entidades públicas (em todas as esferas).

Em resumo, tais projetos funcionam assim:

- Alguém sugere a construção de uma obra portentosa.

- Outro estabelece o custo real, para que ela seja aprovada.

- O seguinte escolhe a empresa “vencedora”.

- Quando a obra está no meio, misteriosamente o custo triplica.

- Testes de seguranças são dispensados.

- Relatórios da fiscalização são engavetados ou incinerados.

- A obra é inaugurada às pressas antes que o governante em fim de mandato abandone a cadeira.

- TODOS eles dividem a bolada “economizada”.

Não fica um para enterrar as vítimas e agilizar as indenizações dos familiares.

O ritual vem de longe e hoje apenas está mais “aperfeiçoado” pela impunidade que o envolve.

Haroldo P. Barboza – Vila Isabel / RJ

Autor do livro: Brinque e cresça feliz.

Haroldo
Enviado por Haroldo em 17/07/2007
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