Nunca recebemos de quem doamos
Muitos perguntam o porquê da ingratidão humana.
- Por que não recebi de quem doei?
- Por que fui traído por quem amei?
- Por que não me ajudaram sendo que tanto ajudei?
A gratidão é como um onda e o homem como o oceano.
A onda se desmancha e nunca mais existirá outra igual, mas logo atrás vem outra onda, depois outra, depois outra.
O homem é um oceano cheio de gratidão, mas quando uma boa ação é feito, não é a mesma onda que o refresca.
"A gente não recebe de quem doa", senão a corda seria cortada ao meio - a corrente se despedaçaria.
Se você receber do mesmo que ajuda , a próxima pessoa fica "a ver navios" neste oceano.
Você faz algo de bom para pessoa A, esta faz para pessoa B, que faz para C...e assim suscetivamente.
Se você receber da mesma pessoa, o alfabeto do crescimento humano fica apenas com duas letras - a corrente é desfeita.
O ditado está certo "nunca somos ajudados por quem ajudamos".
A caridade, o amor, a solidariedade, a compaixão são ações sem retorno, pois se almejar retorno, além de arrebentar a corda, não será de bom coração - e se não é de bom coração, não é ação e sim reação.
Os sentimentos devem existir sem desejo de retorno, sem reação, sem respostas, sem argumentos - apenas ação.
Fazer por sentir vontade de fazer.
A gratidão surge obviamente, mas não na mesma hora, no mesmo momento, da mesma pessoa.
Gratidão é também uma bomba energética carregadas por todos - nunca sabemos quem apertará o botão vermelho.
As vezes a gratidão vem e nem se percebe, isto é bom, pois significa que a ação foi feita sem interesse, mas não dispenso a magnitude da "lei do retorno".
É muito bom sentir o bem quando se faz o bem.
É bom ser educado.
É bom ser respeitoso.
É bom ser gentil.
É bom ser caridoso.
Todo este emaranhado de boas energias são ações que trazem retornos eletrizantes - só basta ficar atendo e curtir esta onda chamada gratidão molhar nossa alma.