FAFÁ DE BELÉM – ESSA TOCHA NÃO SE APAGA
Artigo de:
Flávio Cavalcante
Flávio Cavalcante
“A cor do meu batuque, tem o toque e tem o tom da minha voz” Grito de guerra da guerreira indígena e a garra da musa das canções televisivas mais lindas em vários temas de novelas apresentadas nas mais variadas emissoras do país, tem provado nas mais diversas situações da vida que é uma brasileiríssima de carteirinha e defende sua raça, seu povo com afinco. Única cantora brasileira a levantar a tocha olímpica representando o país e o povo indígena levando no peito o amor ao seu povo, por isso usou um cocar indígena para participar do revezamento.
Já vai beirando os 44 dias do revezamento da tocha olímpica do Rio de Janeiro e a chama calhou de passar por Belém do Pará onde as personalidades do lugar tiveram a oportunidade de representar aquele chão com o evento mais falado do mundo. Chegando a capital paraense e ninguém mais importante na cidade como a cantora Fafá de Belém, que levanta a bandeira do seu povo por todo lugar que ela passa para levar a tocha com toda a sua alegria conhecida em todo o país. Além do mais Fafá de Belém foi a primeira cantora no país a ter uma faixa do seu disco com o hino nacional brasileiro com a sua linda voz. Nos presenteou cantando Ave Maria para o papa João Paulo Segundo em sua última visita ao país. Teve uma participação maciça num momento histórico, político e importante para o país nas diretas já, onde ficou lado a lado com Tancredo Neves. Foi o braço direito do menestrel das Alagoas Teotônio Vilela nas eleições de 1984. Há quem diga que se afastou da política por tentar apoiar homens que iam fazer um país melhor para todos e no entanto estes homens não concluíram o que ela tanto lutou chegando a falecer antes da conclusão. Revelou em alguma ocasião que foi penetra em comício das diretas e participou do maior comício contra a ditadura no centro do Rio de Janeiro. Nessa ocasião, Fafá não constava na lista de oradores; mas, mesmo assim ela discursou brilhantemente. Foi a escolhida por ser voz da canção de menestrel das Alagoas, de autoria do Milton Nascimento. Fafá de Belém gritou em voz ativa nas ruas pelas diretas já e entrou no palanque sem pulseira. Já era se esperar a sua afinidade com a política. Maria de Fátima Paglia de Figueiredo era filha de uma família de políticos da região; nasceu em 09 de agosto de 1956.
Foi reconhecida nacionalmente com uma de suas canções “FILHO DA BAHIA” na novela Gabriela cravo e canela em 1975.
Muitas telenovelas do país foram presenteadas com alguma trilha na voz da inebriante Fafá de Belém, inclusive em muitas aberturas em horários nobres na rede globo de televisão.
Fafá de Belém é uma das poucas artistas veteranas que ainda resiste ao consumismo da fábrica musical. Seu sucesso é garantido mesmo com a explosão desenfreada na internet para o lado de um péssimo gosto musical da atualidade. Seu novo álbum contagia pela sua alegria e irreverencia de se apresentar; com uma linguagem proposital de um brega bem regional do Pará, o que no meu ponto de vista fugiu um pouco de sua linha em si tratando de canções que estou acostumado a ouvir na sua voz o que me preocuparia se não tivéssemos falando daquela que hoje é considerada a rainha da canção romântica e estando nesse patamar ela pode se dar ao luxo de cantar o que bem entender e quiser que o sucesso é totalmente garantido aqui e fora do país, pra isso não falta um arrebanhado de fãs e seguidores no mundo inteiro, inclusive em Portugal que sempre demonstrou um carinho intenso pelo país e até pediu dupla nacionalidade.