O GOVERNO DOS GOVERNOS
Depois de vencer a guerra contra o comunismo, o capitalismo passou por várias transformações e aperfeiçoamentos em seu conceito.
No princípio se dizia que o capitalismo visava lucros através dos meios de produção. Quando a globalização chegou, descobriu-se que o capitalismo havia mudado. Os lucros chegavam com a especulação financeira.
Então veio a crise de 2008. Aquela das “bolhas”. Foi aí que o capitalismo adquiriu seu conceito do século XXI. Hoje, com chance nenhuma de errar pode-se afirmar que o capitalismo é o governo que governa os governos.
Os especuladores descobriram, e já faz tempo, que produzir deixou de ser lucrativo. A bola da vez é a especulação. Lucra-se até quando se está dormindo.
A agiotagem moderna suga os países. Com uma engenharia de dar inveja, atualmente os mercados financeiros têm a capacidade de criar crises quando bem entendem e convêm. Quebram países, com a convicção de que estão no comando. E isto é fato.
É lógico que ninguém quer desfilar na pele de um agiota. Às vezes, precisam aparecer na mídia. Então eles se autoproclamaram investidores. Criaram “agências de risco”. Uau! E que estranho. Quando o governo Dilma mais precisou de “investidores”, eles engrossaram o coro de “Tchau Querida”.
No início do governo de Michel Temer, outra nuance destes especuladores de plantão é perceptível. Todos os holofotes estão na direção da equipe econômica do novo governo. Os nomes. O que pensam. O que fizeram. Este é bom. Este não serve.
Nessa interação governo e especulador, nota-se claramente um cinismo de causar espanto e nojo. O especulador obriga o governo trabalhar para ele, correndo atrás de grau de investimento para que os lucros sejam maiores.
Economicamente se fala todo dia em mudanças. Só aquelas que de alguma maneira favorecem os especuladores. De novo, se tem a impressão que os culpados por o Brasil quebrar são os aposentados. Rombos imaginários sempre serão possíveis.
Este é o assunto principal dos economistas do novo governo. Estão arregalando os olhos já para 2060. Dizem eles, que é lá que o Brasil quebrará de vez. De produção, emprego, renda, inflação, saúde e educação nada. Do hoje, silêncio absoluto
Os brasileiros querem mudanças para o agora. Que afetarão positivamente o amanhã. Infelizmente na visão dos especuladores, o que menos importa é o amanhã. Essa é outra das “virtudes” dos especuladores. A especulação garante o lucro do amanhã hoje.