O idiota que pensa que é inteligente
“O maior prazer de um homem inteligente é bancar o idiota diante do idiota que quer bancar o inteligente” (Confúcio)
A Rússia Soviética descrevia aqueles que davam apoio e faziam propaganda do comunismo fora de seus domínios como “idiota útil”. O idiota útil não são apenas pessoas comuns e militantes, podem ser “intelectuais”, "jornalistas” ou “artistas”, aqueles que deveriam através do conhecimento, da informação e da arte e usando seu prestigio para conscientizar as pessoas, acabam por negar a realidade apoiando políticos populistas que tem aprovação do povo, somente pelas suas características carismáticas, assistencialistas e demagogas, e não por sua competência e honestidade. Porém, tão ruim quanto um idiota inútil é um idiota que pensa que é inteligente, aquele que crê que suas teorias e opiniões possuem lógica e coerência, mas que ao analisarmos de forma mais profunda, encontramos as contradições e hipocrisias bem escondidas. Esse é o idiota inteligente, aquele que comete um contrassenso quando fala em democracia, mas apoia o caudilhismo Venezuelano e a tirania Cubana, que comete uma falsidade ideológica quando fala de golpe, mas apoia luta armada e o terrorismo. Que comete uma incoerência quando fala em defender os pobres, mas leva uma vida de rico com todas as suas benesses, que cai em contradição quando defende trabalhador, mas não trabalha. O idiota inteligente é aquele que fala em direitos trabalhistas, mas está o tempo todo do lado daqueles que defendem os empresários e sua inocência em troca de suborno. Que condena a luta de classes e a escravatura, mas que venera ditadores e ditaduras. Acusa a mídia de golpista, mas anseia controlar a internet no mesmo estilo de Joseph Goebbels, o ministro das comunicações de Hitler.
O idiota inteligente acredita na sua bondade, confia em sua luta por um “mundo melhor” e no seu “progressismo” ao defender a igualdade, a justiça e a paz social. Mas não passa de um cínico, pois é liberal com a mulher dos outros, mas conservador com a própria. Quer tornar coletiva a propriedade dos outros, mas a sua quer que seja para sempre individual. O idiota inteligente tem absoluta certeza que opera com informação completa, mas não assume que a informação que detém é insuficiente e deturpada. O idiota inteligente é um especialista em inverter o sentido das coisas porque segue religiosamente um mantra que Lenin o ensinou: “ Acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é”.
O idiota útil e o idiota inteligente, mesmo com a queda do muro de Berlim em 1990, ainda pensam que estão sentados em cima dele.