"Pedaladas na Aviação".
“Pedaladas na Aviação”.
Há coisa de uns trinta anos ou mais, voando num possante Douglas C-47, o fabuloso “Dakota”, um dos gigantes da Segunda Mundial, equipado com “confortáveis poltronas” e na companhia do meu eterno copila, o Alcântara -- grande amigo nosso que morreu num trágico acidente, no stand de tiro aéreo da FAB em Barra de Maxaranguape, aqui em Natal -- conduzíamos uma comitiva de velhos senadores para sobrevoo das áreas castigadas por outra daquelas desastrosas enchentes que atacam o Rio Grande do Norte, estado tão querido, quanto tão paradoxal. Chuvas e grandes secas se revezam.
Visitando nossa cabine estava uma velha raposa política, muito inteligente, mas pouco afim com coisas de aviação. Tentava eu lhe explicar uma pergunta sobre o que era “Hora Zulu”, “GMT”, horários únicos usados pelos pilotos no mundo inteiro. Mas o velho senador dizia que estava entendendo tudo, quando na realidade não estava entendendo nada!
Era início dos voos da bela Águia Supersônica Francesa, o fabuloso Concorde. Aproveitei e disse-lhe, tentando me tornar o mais claro possível: -- Senador, imagine-se voando de Paris para Nova York, a bordo de um Concorde, avião muito distante dessa nossa também bela ave altaneira, decolando de Paris ao meio dia. Após um sofisticado almoço, regado com deliciosos vinhos franceses e voando numa velocidade duas vezes supersônica. Nesta velocidade, o senhor acompanharia o sol e chegaria à Nova York novamente ao meio dia. -- Compreendeu, Senador? – Compreendido, mas não entendido! Então vamos a outro exemplo, este muito mais fácil de entender. -- Voando de Natal para o Rio, um avião, seja ele um Concorde ou um C-47, chega muito mais rápido que na volta, pois, como o senhor sabe, a nossa terrinha é redonda. Na ida o avião vai descendo; na volta, subindo... -- no que o Alcântara não aguentou e deu uma tremenda gargalhada, dizendo:- - Pô, Maciste, essa nem eu sabia!
PS: Muita gente, principalmente “jornalistas amestrados” e outros asseclas do PT, não gostaram das corajosas e brilhantes explicações da “Janaína Paschoal”, denunciando as criminosas pedaladas da Santinha do PT.