O sonho acabou...
Quantas e quantas vezes largo as cordas do meu violão e corro para as cordas meu teclado e usando somente os dois indicadores fico catando as letrinhas na vã tentativa de “salvar o Brasil”. Salvar, não para mim, que já estou na final curta; mas para meus netos, que estão iniciando a subida.
E vejo como é triste ver as coisas acontecendo e não ser capaz de impedir. Não vai ser fácil; não vai ser com a simples troca de equipes médicas, equipes cada vez mais duvidosas, que vamos salvar o Brasil. Foram longos e longos anos de grandes farras, de grandes bebedeiras, de muitas drogas, muitos charutos cubanos, drogas que fazem esquecer os pesadelos do presente, lembrando os felizes sonhos do passado. Drogas que não passam de lentos suicídios.
Castelo Branco dizia; -- A tarefa é ingente, os obstáculos grandes, e o tempo, curto. Hoje o tempo é cada vez mais curto. E não temos mais Castelos Brancos. Ou, se ainda os temos, eles sabem que o retorno é impossível... O sonho acabou.