Vaticano.A Igreja Católica e o polêmico documento
Conforme notícia veiculada nas mídias televisiva e escrita, a Igreja Católica, através de um documento composto de quinze páginas, visando consolidar um assunto de natureza eclesiástica, pendente há cerca de quarenta anos, reafirmou a tese de que “o compromisso ecumênico não significa a renúncia da Igreja Católica à convicção de ser a única e verdadeira Igreja de Cristo.”Essa manifestação, considerada, naturalmente, por alguns segmentos religiosos como pretensiosidade, originou protestos de outras igrejas cristãs, bem como o receio de se crescer o sentimento de oposição ao catolicismo.
Para a Igreja Presbiteriana Independente, o dossiê, divulgado ontem com a finalidade de esclarecer possíveis interpretações distorcidas do Concílio Vaticano II, é um caso de retrocedimento e dificulta o diálogo ecumênico. Segundo avaliou o Pastor Leonildo Silveira Campos, também professor de ciência em religião: “O texto vai desencadear anticatolicismo maior nos meios cristãos onde ele já existe, e despertar grupos contra o diálogo com os católicos”.
No meu entendimento, embora admire e respeite a Igreja Católica Apostólica Romana, a declaração partida do Vaticano é revestida de uma acentuada dose de vaidade e soberania, contrariando os princípios éticos que devem nortear aquela maior representação eclesiástica mundial.