A história não fala dos covardes!
Nunca matei nem nunca torturei ninguém. Nem eu nem a imensa maioria dos militares das nossas Forças Armadas. Nem os militares de hoje nem os militares “de ontem”. Não tenho medo de dizer, e agora falo tão somente em meu nome, que não admito, nem nunca admitirei -- depois de haver dedicado minha vida inteira aos serviços da pátria -- ser chamado de torturador, gorila, assassino, como estão sendo chamados, tanto aqueles que dedicaram suas vidas combatendo terroristas nos “DOI-CODIS” da vida, como outros como eu que passamos dias, noites, meses, anos exercendo as mais variadas funções e maneiras de bem servir à pátria.
Mas é humilhante é covardia aceitar calados e ouvindo a vida inteira perguntas de nossos filhos e netos, como estão ensinando tanto nas escolas mais humildes como nas maiores Universidades, “se nós ainda somos ou se fomos torturadores”. É terrível, é humilhante sermos indagado assim, tanto por amigos, e o que é pior, por filhos e netos.
Daí eu dizer que não tenho nem nunca terei medo de dizer que muito pior que os “DOI-CODIS” são os “Paredons” que até hoje fuzilam cubanos que não rezam pela cartilha comunista. E, se não fossem eles; se não fossem os “DOI-CODIS”, o Brasil estaria hoje transformado numa imensa Cuba, e dona Dilma estaria hoje, em vez de ir chorar suas “lágrimas de crocodila” em Nova York, comandando “Pelotões de Fuzilamento”. Por que não punir com o mesmo rigor com que querem punir o Bolsonaro, punir também dona Dilma e seus asseclas que até hoje enviam bilhões do nosso suado dinheirinho para manter em atividade os “Paredóns” em Cuba?
Não sei se o Bolsonaro pertenceu aos efetivos do “Doi-Codi”. Mas sei que ele não tem medo de enfrentar, sozinho, a ira dos que não gostam daqueles velhos coronéis e generais, hoje tão esquecidos nos seus humilhados túmulos, e que até hoje nos ofendem com os mais humilhantes adjetivos pejorativos e tão poucos qualificativos. Mas também acho que muitos daqueles que pertenceram aos “DOI-CODIS”, e outros órgãos de “Operações de Segurança e Informações”, e que, com muita razão, foram beneficiados com “Comissões no Exterior”, e hoje, para não usar um termo mais agressivo, estão “caladinhos” deixando o Bolsonaro lutando sozinho contra esses “filhos das putas” que escaparam das “torturas” e que hoje estão ocupando os melhores e mais bem remunerados cargos neste Brasil que eles não se cansam de explorar, de roubar, de ofender, de torturar.
Quando na ativa, o Sarney mandou me prender por quinze dias, sem fazer serviço, por haver-lhe dito algumas verdades pouco palatáveis pro seu gosto. Hoje na reserva, velho, reformado, não tenho medo de dizer algumas outras verdades, que muitos não têm coragem de dizer.