QUAL O SENTIDO DA VIDA?

Qual o sentido da vida? Esta pergunta ecoa séculos por séculos. Desde os gregos, mais precisamente a partir de Sócrates, as indagações ontológicas a respeito do homem, do tipo: de onde vim, para onde vou, por que existo, por que estou aqui e etc., são questionamentos que “atormentam” os seres humanos de praticamente todas as épocas e tempos. E questionar, a meu ver, não é ruim. E por quê? Porque ninguém sabe quase nada nem do começo e muito menos do fim da vida. Particularmente acredito que nós vivemos um tempo de puro utilitarismo (ou talvez sempre tenha sido assim) onde as coisas que estamos vivendo no presente (trabalho, casamento, amigos, estudos e etc.), tivessem que ser necessariamente trampolins para alcançarmos algo para além do físico, ou seja, metafisico. Olhamos para algo, como por exemplo, um encontro com a amada (o), um passeio com os filhos, uma mesa de bar com os amigos e etc., sempre a espera que este algo irá nos remeter a um universo além do material, do concreto e do palpável. E, por idealizarmos tais desejos, não aproveitamos aquele momento único e especial concedidos pelo criador. Há um poeta polonês chamado: Czeslaw Milosz, que de certa forma me fez entender um pouco sobre este dilema milenar. Suas palavras são: “Quando eu morrer verei o avesso do mundo, o outro lado, além do pássaro, da montanha e do poente. O significado verdadeiro, pronto para ser decodificado. O que nunca faz sentido fará. O que era incompreensível, será compreendido. Não é essa a esperança que normalmente não conseguimos expressar? Olhamos para o mundo e queremos enxergar o avesso do mundo, o significado que está por trás das coisas. Quando eu for ao céu, meus olhos serão desvendados e verei tudo como tudo realmente é: Então serei feliz. Mas, por uns instantes ele para, reflete e faz a si mesmo os seguintes questionamentos: “E se o mundo não tiver avessos”? E se o pássaro na palmeira for apenas um pássaro na palmeira, e não houver significado nenhum por trás deste acontecimento? E se o significado do pássaro for o próprio pássaro? É como se ele estivesse dizendo assim nos dias de hoje: Que sentido há para eu levantar cedo e ir ao meu trabalho? Deus responderia: Oras, o próprio trabalho. Qual o sentido que há daquela mesa com amigos que a gente dava risadas, saboreávamos uma bela pizza e tomávamos um belo Chopp geladinho à noite toda? A própria risada, a pizza e o Chopp. Enfim, muita gente se desespera querendo encontrar sentido e significado por trás das coisas, pois, não consegue vê nas próprias coisas sentido e significado.

Danilo D
Enviado por Danilo D em 28/03/2016
Reeditado em 01/04/2016
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