A DEMOCRACIA REPUBLICANA

Tenho vergonha de assistir a cultura de que todo mundo quer depor contra um ladrão de galinha, porém, contra um(a) lesa pátria, a população silencia...

Francisco de Paula Melo Aguiar

O Poder Judiciário na democracia republicana é livre para julgar segundo a legislação nacional, não sendo, portanto, garoto de recado de qualquer tipo de ideologia política, partidária, administrativa, filosófica, sociológica, religiosa, etc., e muito menos deve estar a serviço do culto pessoal de quem quer que seja.

Na democracia todos são iguais perante a lei e o crime não passa do criminoso. A harmonia entre os poderes da República democrática é a hegemonia singular que deve ter os poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário, a serviço do bem comum e nunca para o favorecimento de grupos de passagem pelo exercício de qualquer um dos poderes mencionados. A riqueza nacional é constituída de sangue, suor e lagrima do esforço coletivo, portanto, jamais deve ser as escondidas da noite desviada para patrocinar o enriquecimento sem causa de políticos e seus apaniguados. Isso é corrupção, crime e falta de perfil para gestar a coisa pública. A religiosidade nacional do povo brasileiro não chega a cegueira de ficar calado e deixar que o País seja dividido entre os grupos coligados para governar nossa Pátria.

Ledo engano de quem pensar que o regime democrático e republicano é sinônimo de corrupção e anarquia dos valores éticos, morais, partidários e administrativos do Estado Soberano, envolvendo inclusive os poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário) dele emanados em nome do povo livre. A democracia não é representada pela tirania ideológica de partido único e seus aliados via aliciamento e ou vantagens ilícitas individuais em detrimento da coletividade trabalhadora, digna e honrada.

É triste presenciar e registrar o descontrole ético, emocional, político, administrativo e moral diante do disse me disse para qualificar quem não tem o perfil nem para fazer-se representar, quanto mais representar nossa heróica e sofrida população diante da credibilidade nacional e internacional. Diante do exposto, a desqualificação e enfrentamento de quem resolver falar o contrário é o caminho ora trilhado, pensando que a população não tem autocrítica capaz de saber quem fala a verdade e ou a mentira pública para alienar uma parcela da população desempregada e necessitada da ajuda do erário nacional.

A legislação penal brasileira diz que a punibilidade não passa do criminoso, salvo a pirotecnia arranjada através do foro privilegiado como salvo conduto (habeas corpus administrativo político partidário) de última hora. Se a notícia crime não é verdadeira, por que então arranjar blindagem condicionada para não responder por tais atos?

A vida partidária brasileira, portanto, correligionária em termos ideológicos e pessoais, só é digna e honesta enquanto os interesses não são contrariados, embora que convivam na mesma lama. É a ideologia do interesse pessoal e da desqualificação de líderes opositores a corrupção presente nos meios políticos. É o jogo de que se fulano praticou corrupção, beltrano também praticou, então nem eles foram os primeiros e não serão também os únicos. E o povo simples em sua honradez vivência o circo da corrupção do erário. Por onde anda a axiologia de valores na vida pública nacional? Se um ladrão de galinha vai preso, responde processo e ficar fichado para a sociedade saber, por que um político influente deve cometer atrocidades com o erário nacional e a população deve não saber? Que igualdade legal perante a lei que temos, se todos são iguais perante a lei, por que os detentores de mandados e cargos políticos devem ter foro privilegiado? É tempo do povo brasileiro acabar com isso através de uma consulta plebiscito nacional e com urgência.

Diante dos atuais acontecimentos internacionais, nacionais, estaduais e municipais, que envolvem direta e indiretamente os líderes e liderados, bem como aqueles que pretendem ingressar na vida pública nas três esferas de poder, algo nos chama a atenção, ainda que por analogia, o que escreve São Lucas, capítulo 6, versículos 43-45: "Não existe árvore boa produzindo mau fruto; nem inversamente, uma árvore má produzindo bom fruto. …". Ante o exposto, o eleitorado deve procurar saber qual a origem e o perfil de seus candidatos para que depois de apuradas as urnas não tenha afiada a guilhotina contra si e os seus amigos e familiares durante quatro longos anos de escuridão, incerteza, sacrifício e corrupção política, administrativa e familiar dos eleitos.

Diante da omissão do povo os potentados ditam as regras...

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 18/03/2016
Reeditado em 19/03/2016
Código do texto: T5577818
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