Os amores de Zeus
Zeus pertence à terceira geração divina: destronou o pai Crono, que já havia destronado o pai Urano. Após anos de luta contra os Titãs, Zeus venceu e conquistou o Olimpo. Castigou os inimigos, concedeu o poder do mar para o irmão Poseidon, o mundo subterrâneo para o irmão Hades, e tomou para si o céu e o poder do mundo mítico.
O domínio de Zeus também foi consolidado com uniões amorosas que produziram deuses e heróis, confirmando um de seus atributos de deus da fertilidade. Muitas regiões da Grécia diziam ter um herói nascido dos amores de Zeus. Famílias reais ou míticas apontavam um ancestral como filho de Zeus, afinal, a origem divina também era um atributo da realeza.
Vários estudos sobre seus amores explicam a simbologia que eles contêm, além do ritual religioso politeísta em que um deus celeste fecunda a terra, daí suas uniões com divindades de estrutura ctônia como Europa, Deméter, Sêmele e outras . As uniões com deusas pré-helênicas explicam o sincretismo que faz da religião grega uma mistura de crenças, e faz de Zeus o seu representante máximo.
Os mitólogos sempre buscam catalogar a quantidade de mulheres que estiveram com o deus. O ciúme de Hera não impedia as paqueras do deus, nem as perseguições que ela fazia às suas amantes e filhos ilegítimos. Por isso, não só a quantidade de mulheres é célebre, mas também as metamorfoses, os disfarces que o deus usava para se esconder das suas aventuras ou se aproximar de mortais e deusas.
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Solange Firmino
Texto completo em Blocos online, na coluna Mito em Contexto:
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