CONFORMISMO X INCONFORMISMO
Como que pode a gente se conformar com tanta indignidade? Como que gente pode aceitar tanta coisa ruim? Donde vem esse conformismo sórdido, mórbido que nos traga e estraga a vida?
Tudo bem que todos nós, seres humanos nascemos com a capacidade inerente de nos adaptarmos a qualquer tipo de situação adversa; a resiliência nasce em nosso ser, a resignação, a gente aprende (infelizmente). É congênita a nossa incrível capacidade de adaptação a conforto e desconforto. O mundo é cheio de intempéries: ora faz calor, ora faz frio; ora nos obriga a encolher, ora nos força a agitar-nos. O mundo é desafiador. A gente possui a capacidade de desafia-lo e de se defender de suas constantes ameaças. Mas a maioria de nós não exercita essa capacidade. Preferimos ficar na defensiva. E a capacidade de adaptação torna-se, converte-se em comodismo, em conformismo.
O contraponto de se conformar é reagir. Do mesmo modo que podemos nos conformar, também podemos reagir. Resistir é natural até ao limite do que o corpo suporta; acima disso, só a mente pode emprestar um suporte maior. Resistir não é conformar-se. Nosso poder de resistir é para que possamos reagir em seguida. Resistência sem reação se transforma em conformismo. E o conformismo é provocado por equívocos do pensamento que faz esquecer de reagir e produz, a longo prazo, gerações de conformados. Nós, os brasileiros somos um infeliz exemplo disso. Que tal proclamarmos para nós mesmos: BASTA DE CONFORMISMO!?