O desemprego dos elefantes

Em Miamá, antes conhecido como Birmânia, os elefantes enfrentam agora o fantasma do desemprego. Não que estejam ou que alguma vez já estivessem ávidos para trabalhar. O trabalho deles, quase sempre, foi junto a madeireiras, puxando toras. Pesadíssimo trabalho, mas eram o sustento de milhares de famílias. Seus guias são conhecidos como mahouts.

E desde que o governo mimarês resolveu baixar um decreto proibindo a exportação de madeira não-processada, a queda no desmatamento foi brutal. E os elefantes, após anos de cativeiro e trabalho forçado tornam-se inabilitados de se readaptarem à vida na natureza. E, acostumados a lidar com humanos, iriam certamente ficar próximos demais das plantações que garantem o sustento da população. Um dilema elefantíaco.

Seria hora de lhes oferecer uma bolsa desemprego? O óbvio ulula. E o estimula. Ou será a hora de aparecerem os elefantes de rua?

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 04/02/2016
Reeditado em 04/02/2016
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