POLÍTICA DOS LEÕES

Durante a barbárie, prevalecia a Lei de Talião, aquela que praticava a justiça primitiva “olho por olho, dente por dente”. No século XXI, ainda persistem os instintos canibais de governança, que não aceita críticas e apela para a retaliação.

De que adianta falar-se em civilização se o mundo continua contaminado pela mentalidade que não respeita o Código de Justiniano e muito menos a Declaração de Direitos Humanos, esta conquistada com muito sangue e terror durante a Revolução Francesa de 1889.

No Maranhão, a tradição política mostra que as retaliações entre governo e oposição é uma tônica. Desde a colonização portuguesa, a política maranhense se parece bastante com os piores exemplos da sociedade antiga e medieval. Os inimigos políticos são tratados de acordo com a força arbitrária do Estado.

O vitorianíssimo, que teve na pessoa de Vitorino Freire a encarnação terrível do terror oficial, contra cidadãos que ousaram criticar a dominação de um oligarquia. Quem não se lembra? do famoso grupo de “Papai Noel”, o qual espancava os adversários com requintes de crueldade.

Depois, houve uma mudança de tática para perseguir os opositores do “Maranhão Novo”. Ao invés dos espancamentos, foi inaugurada uma nova forma de perseguir os inimigos, destruindo reputações e até meios de sobrevivência. Agora, nos tempos do “Maranhão para Todos” os métodos anteriores persistem, só que de formas semelhantes e também diferentes, como as sistemáticas escutas telefônicas dos maranhenses, além da espionagem e monitorada de quem não pensa de acordo com o maranhão contemporâneo.

O Estado responde á as criticas com ódio jamais visto, como aconteceu recentemente com os movimentos de defesa dos direitos humanos relacionados ao maldito presidio de Pedrinhas. Quem governa tem o dever de conhecer o passado para não incorrer injustiças contras liberdades individuais e sociais. Talvez, os governantes de hoje não tenham informações sobre a Penitenciaria de Alcântara, uma temível prisão onde eram amontoado presos políticos e passionais.

A justiça do Maranhão está compatibilizada com os avanços do Concelho Nacional de Justiça , que tem dado exemplo de imparcialidade e de respeito aos direitos humanos. Mas, nos porões do Palácios dos Leões a reação as críticas são articuladas para destruir os adversários. Pedrinhas é um exemplo lamentável.

Este não é um Maranhão que sonhamos, e que se prega com barulho nas redes sociais como uma revolução burguesa. O maranhão que queremos é também de espirito democrático presidindo as relações institucionais entre Executivo e o povo, do qual emana todo o poder.

samuel filho
Enviado por samuel filho em 30/01/2016
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