VOCÊ (ENTENDA-SE, NÓS) JÁ EXPERIMENTOU SER VOCÊ?

Você já experimentou algum dia ser você mesmo (a)? Viver sem ter que ficar provando nada para ninguém? Chorar quando precisar chorar e sorrir quando precisar sorrir? Já experimentou viver a sua felicidade sem ter que precisar ficar “vomitando-a” para o mundo inteiro ver? Já pensou em tirar fotos em uma viagem, um almoço em família ou entre amigos, sem a necessidade do dedo coçar e publicar? Já experimentou viver a sua tristeza quando a situação for propicia para isso? Já experimentou ser amigo de alguém quando este alguém estiver passando por alguma dificuldade sem ter você à obrigação de ficar usando palavras mágicas (chavões), do tipo: Deus te ama, você é vencedor (a), pare de sofrer, pare de chorar, você vai conseguir e etc.? Por que precisamos ser tão artificiais? Por que temos tanto medo de sermos nós mesmos? Por que precisamos demasiadamente de afetos, mimos e elogios para só assim nos sentirmos bem? É errado estar triste? Não. Errado é viver triste. É errado perder? Não. Errado é não tentar ganhar. É errado adoecer? Não. Errado é se entregar a doença. É errado se deprimir? Não. Errado é viver deprimido. Mas parece que não suportamos sermos quem nós somos. Vivemos tempos de pura artificialidade. Ninguém ousa tirar a mascara de ninguém. Vivemos de tapinhas nas costas. Será que a vida não seria mais sossegada se a gente não precisasse provar o tempo todo que temos o melhor emprego, melhor filho (a), melhor marido ou esposa, melhor corpo, melhor roupa, melhor carro, melhor viagem, melhor felicidade, que não sofremos, não choramos e assim por diante? Acho que sim. Enfim, não ser artificial nos dias de hoje é quase impossível para uma geração que vive, come e respira “aparência”....

Danilo D
Enviado por Danilo D em 27/01/2016
Reeditado em 27/01/2016
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