ARTIGO – Brasil, um país diferente – 01.01.2016
 
ARTIGO – Brasil, um país diferente – 01.01.2016
 
É com os olhos marejados que eu vou tentar escrever este artigo, que na realidade é um protesto, uma indignação com o que fazem os nossos governantes com o erário, que nada mais é do que o dinheiro do povo.
No noticiário de todos os veículos de circulação do país, ou mesmo na mídia não impressa, nas emissoras de rádio e até na internet, o que predomina são as notícias a propósito da segurança, do desemprego, da falta de educação e, agora por último, do famoso mosquito transmissor dessas doenças já conhecidas por nós de algum tempo. O problema é que agora, a fim de obscurecer o movimento em favor do “Impeachment” da presidente Dilma Rousseff deu-se ampla divulgação, multiplicando por números infinitos, chegando a resultados expressivos, que causam preocupação. E conseguiram o seu intento, tanto é assim que a agitação em prol desse remédio constitucional, apelidado de “golpe” pelos fiéis escudeiros do Palácio do Planalto diminuiu de intensidade.
A crise no setor da saúde que se abateu sobre o Rio de Janeiro, a cidade das olimpíadas de 2016, trazendo vexame à população de baixa renda e até àqueles desempregados, a meu pensar foi proposital, a fim de obrigar o governo a desembolsar dinheiro vivo para socorrer aquela unidade da federação. Não se concebe, de maneira alguma, que uma prefeitura tenha recursos suficientes para deixar hospitais em situação de calamidade, de um lado, e de outro poder emprestar R$ 100 milhões de reais ao governo do senhor Pezão. Só sendo por milagre. Mas é bom notar que o doutor Paes, que já mudou de partido várias vezes, deseja ser candidato à presidência da república no próximo pleito de 2018.
A meu pensar, fica bastante claro que a presidente jamais será afastada do cargo, mesmo que haja motivos suficientes, tais como as famosas pedaladas, que até dizem ter sido liquidadas ontem, assim como os famosos decretos baixados sem data autorizando extrapolar as metas de gastos constantes do orçamento geral da união. Restaria, então, o processo que corre no Tribunal Superior Eleitoral, que diz respeito ao pedido de cancelamento das candidaturas da Dilma e do Temer, que se encontra em votação, todavia não vingará. Um indicativo disso é a última decisão do STF, que considerou ilegítima a condução do processo de impedimento da presidente, que a meu ver foi corretíssima. A opção por candidatura avulsa e o voto secreto eram necessários, a fim de não colocar a corda no pescoço dos que votassem contra o palácio.
Aliás, essa votação no STF muito me decepcionou, mas também revelou que ministros que causavam desconfiança da população sobre como se comportariam num julgamento contrário à doutora Dilma, não decepcionaram e mostraram toda a sua independência, embora, diga-se de passagem, tenham sofrido pressão muito forte por parte dos que defendem com unhas e dentes o mandato em questão. Quem mais me causou estranheza foram o presidente da Corte, Excelentíssimo Doutor Ricardo Lewandowski,  o Doutor Marco Aurélio, assim como o decano, Doutor Celso de Mello. Ora, acompanhar o voto do doutor Barroso foi qualquer coisa de inacreditável. Mas o "impeachment" não sai mesmo porque o Lula não quer e ele é quem ainda manda neste país, juntamente com o Doutor Renan Calheiros, presidente do Senado Federal.
Estou me sentindo bastante envergonhado com o que acabo de presenciar, ainda agora, qual seja a queima abusiva de fogos de artifício para comemorar a passagem de ano. No Rio de Janeiro, cujo dinheiro foi bancado pela prefeitura, já que não apareceu empresa alguma para patrocinar (e aqui a elas mando meus parabéns), pois ninguém é besta para jogar dinheiro fora, notadamente na situação em que o Brasil se encontra, presente o alto índice inflacionário. Para quem não sabe, foram dezesseis minutos ininterruptos de pólvora e papel queimados, cujos custos só Deus sabe o quanto. Em São Paulo, a mesma coisa, e em Santa Catarina foram mais de vinte e dois minutos dessa irresponsabilidade para com esta miserável nação.
Quisera que de repente Deus me fizesse uma espécie de Promotor ou mesmo Procurador da República ou do Estado, pois mandaria apurar com absoluta segurança, por gente merecedora de fé, como é que não se tem dinheiro para atividades primordiais da vida nacional, mas o tem para gastos voluptuosos. No final, creiam, mandaria essa corja de gastadores pra cadeia, sem direito a benefício algum de progressão de pena, pois lugar de pessoas de má índole e de péssimo coração só pode ser no xilindró.
Realmente, somos um país diferente. O ano novo começa com aumento de toda sorte (IPTU, IPVA, ICMS, ISS, material escolar, etc.). E vem por aí aumento das taxas de juros SELIC, que reflete na inflação, assim como a famigerada CPMF, que foi abolida há poucos anos. Quem não conseguiu se prevenir vai sofrer e muito nos próximos anos do governo atual, mas também sofreria, claro, com qualquer que fosse o primeiro mandatário do país. Quem viver, verá.
Esse é o meu desabafo.
 
Ansilgus.
 
09/01/2016 18:30 - Misrael mandou bela interação...muito grato:

Meu amigo! Primeiramente, meus parabéns por tão verdadeiro ARTIGO. Realmente o Brasil sempre foi um país da minoria, onde a maioria fica a mercê de uma corja de ladrões. Quando dizem que vão investir em tal empreendimento, primeiro vem o acerto da propina. Por exemplo, aqui no sul teve início no governo FHC a duplicação da BR 101 que liga Florianópolis a Porto Alegre. O Lula em campanha eleitoral prometeu entregar a obra ainda no primeiro mandato. Resumindo, passaram os dois, a Dilma está no segundo e a referida obra ainda está em fase de acabamento. Ou seja, o dinheiro que foi gasto nessa obra daria para asfaltar grande parte das rodovias brasileiras. Quanta saúde pública nunca esteve tão abandonada. A educação eles não querem um povo culto para que continuem sendo massa de manobra, enquanto isso o PT e sua corja de aliados vão acumulando dinheiro que seria para uso exclusivo para melhorar as condições de vida dos brasileiros. Um grande abraço, vamos continuar protestando, porque se calarmos será ainda pior.
Para o texto: ARTIGO – Brasil, um país diferente – 01.01.2016 (PRL) (T5496944).
ansilgus
Enviado por ansilgus em 01/01/2016
Reeditado em 09/01/2016
Código do texto: T5496944
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