Chefes da Floresta Nacional de Caxiuanã

A Floresta Nacional de Caxiuanã é a Floresta Nacional mais antiga da Amazônia Legal e a 2ª mais antiga do Brasil.

Na década de 1920, o governo brasileiro copiou dos Estados Unidos o modelo de proteção de áreas naturais. Assim foi instituído o Serviço Florestal do Brasil (SFBr), nos moldes do Serviço Florestal Americano (sigla em inglês USFS), com objetivo de implantar Parques e Florestas Nacionais em importantes ecossistemas de nosso país.

A proposição para criação dos Parques Nacionais (PARNA) e Florestas Nacionais (FLONA) ocorria com base no Código Florestal (Decreto nº 23.793, de 23 de janeiro de 1934), a partir das recomendações do Conselho Florestal Federal (CFF), que era um colegiado de especialistas e técnicos que definiam a política de uso e conservação dos recursos naturais. Após análises de técnicos do Ministério da Agricultura o Presidente da República assinava o Decreto de criação.

Em 02 de maio de 1946, o governo federal criou no Estado do Ceará a Floresta Nacional do Araripe-Apodi, considerada a 1ª dessa categoria.

No ano de 1958, uma equipe de pesquisadores da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) realizou uma expedição pelo rio Amazonas, onde identificou algumas áreas potenciais para serem protegidas. Assim, após retornarem para a Sede da FAO em Roma (Itália), eles enviaram, em 1959, uma recomendação ao Brasil indicando a criação de três Florestas Nacionais, a saber: FLONA Tapajós, FLONA Trombetas e FLONA Caxiuanã. Curiosamente, tal recomendação indicava a criação da FLONA Caxiuanã como prioritária.

Os técnicos do Serviço Florestal do Brasil (SFBr) acataram a recomendação, dando sequência nos trâmites administrativos, e a Floresta Nacional de Caxiuanã foi criada, em 28 de novembro de 1961, por meio do Decreto Federal nº 239.

A Floresta Nacional de Caxiuanã está localizada nos municípios de Portel e Melgaço, no Estado do Pará, a 300 km da capital, Belém, às margens da Baía de Caxiuanã. Essa baía é um alargamento do baixo rio Anapu, que deságua no estuário do rio Amazonas.

A população tradicional residente na FLONA de Caxiuanã pratica o agroextrativismo de subsistência, tendo a farinha de mandioca se mostrado como o principal produto destinado à comercialização, seguida pela castanha-do-pará e o açaí.

O Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), possui uma base de pesquisa na FLONA de Caxiuanã - a Estação Científica Ferreira Penna (ECFPn), que oferece aos pesquisadores uma ótima infra-estrutura de laboratórios e alojamento. Atualmente, 03 (três) grandes projetos de pesquisa - envolvendo fauna, flora e dados abióticos - estão em andamento na FLONA Caxiuanã: TEAM (Tropical Ecology, Assessment and Monitoring Initiative), PPBio (Programa de Pesquisa em Biodiversidade) e ESECAFLOR/ LBA (Experimento em Grande Escala da Biosfera & Atmosfera na Amazônia). Por causa desses Projetos, a FLONA de Caxiuanã recebe um grande número de pesquisadores e estudiosos de diversas partes do país, e até mesmo do exterior.

Ao longo desses 54 anos de história, diversas instituições estiveram envolvidas na gestão da Floresta Nacional de Caxiuanã. Em outubro de 1962, o Departamento de Recursos Naturais Renováveis (DRNR) substitui o Serviço Florestal do Brasil (SFBr) como órgão responsável por sua gestão. Em 1967, essa tarefa passou ao Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), executada através do Departamento de Pesquisa e Conservação da Natureza (DN), e posteriormente pelo Departamento de Parques Nacionais e Reservas Equivalentes (DPNRE). De 22 fevereiro de 1989 a 26 de abril de 2007 ficou a cargo da Diretoria de Ecossistemas do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (DIREC/IBAMA). Atualmente, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) é a entidade gestora desse importante patrimônio cultural/ambiental de nossa nação.

O nome do responsável pela gestão da Floresta Nacional de Caxiuanã foi mudando ao longo dos anos, como por exemplo: Administrador, Diretor, Gerente, Chefe e Gestor.

Desde que foi criada, a Floresta Nacional de Caxiuanã conta com uma extensa e valorosa Galeria de Gestores, a saber:

1º – Nelson de Almeida Morais – 1965 a 1968

2º – Maurício de Souza Pinto Lobo – 1968 a 1974

3º - Iranildo Alves de Oliveira (Agende da Indústria Madeireira) – 1975 a 1977

4º – Antônio Carlos Santos de Oliveira “Sapatão” – 1978 a 1981

5º – Lúcio Henrique Bentes Nogueira “Cabecinha” – 1982 a 1986

6º - Iranildo Alves de Oliveira (Agente da Indústria Madeireira) – 1986 a 1990

7º - Evandro Angelo Menezes (Engenheiro Florestal) – 1990 a 1992

8º - Iranildo Alves de Oliveira (Agente da Indústria Madeireira) – 1992

9º – Nilson Francisco Pantoja de Sousa (Engenheiro Florestal) – 1992 a 1993

10º – Maria Lucidéia Portal Vasconcelos (Eng. Florestal) – 30/12/1993 a 12/07/1996

11º - Iranildo Alves de Oliveira (Agente da Indústria Madeireira) – 12/07/1996 a 04/10/2001

12º – Wanderléia da Costa Almeida (Eng. Florestal) – 04/10/2001 a 24/02/2005

13º – Raul Batista de Figueiredo (Agrônomo) – 24/02/2005 a 17/06/2005

14º - Najja Maria dos Santos Guimarães (Eng. Florestal) – 18/06/2005 a 05/03/2007

15º - Marco Antônio Antas Moreira – 05/03/2007 a 05/05/2007

16º - Carlos Alberto de Sousa Braga (Engenheiro Florestal) – 05/05/2007 até hoje

BIBLIOGRAFIA:

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AGRADECIMENTOS:

A realização desse trabalho só se tornou possível pela imensa colaboração que recebi de inúmeras pessoas.

Aproveito para manifestar meus agradecimentos especiais para: Carlos Alberto de Sousa Braga (Chefe da FLONA Caxiuanã), Carlos Benedito Diniz da Silva, Francisco de Assis Grillo Renó, Iranildo Alves de Oliveira e Jaimirton Luiz da Silva Vaz.

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Palmas - TO, Dezembro de 2015.

Giovanni Salera Júnior

E-mail: salerajunior@yahoo.com.br

Curriculum Vitae: http://lattes.cnpq.br/9410800331827187

Maiores informações em: http://recantodasletras.com.br/autores/salerajunior

Giovanni Salera Júnior
Enviado por Giovanni Salera Júnior em 30/12/2015
Reeditado em 19/02/2016
Código do texto: T5495684
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