O GRAU DE EXCELÊNCIA NO TRABALHO

Todas as vezes em que entro num determinado lugar onde existem pessoas trabalhando, fico a observar o desempenho delas.

Isto se dá de forma instintiva, devido aos 17 anos em que atuei na área de Recursos Humanos, que pelo tempo que tem, chamava-se Departamento Pessoal, o que dá exatamente no mesmo, independente da nomenclatura que se use hoje ou no próximo século. A essência da atividade não mudará nunca.

Mas um fato interessante acontece nessa situação. É a de que, mesmo ausente dela, já por muitos anos, não consegui perder as características e nem as peculiaridades que existem nessa função.

E de forma surpreendente, posso afirmar que apurei-me bastante nesse longo afastamento, aperfeiçoando as características de observação e análise comportamental profissional nas pessoas.

Infelizmente os resultados disso não é lá nada animador, no que concerne aos resultados dessas análises, haja vista que as observações realizadas levaram-se à constatações nada agradáveis com relação ao desempenho profissional da maior parte das pessoas.

A primeira observação a respeito dessa deficiência, consiste na displicência com que a maior parte delas se porta no desempenho da sua função. É um desinteresse quase que automático da maioria. Faz-se as tarefas, mas de formas negligente e desinteressada, sem se preocuparem com a qualidade e o resultado dos seus serviços e tarefas. Bem como com o resultado positivo ao final delas.

E só para corroborar tal assertiva, podemos pegar um simples e grosseiro exemplo, no desempenho de um funcionário estoquista de qualquer supermercadão numa grande cidade. É muito comum observar-se eles passarem por uma determinada gôndola num corredor, veem mercadorias ao chão, derrubadas por clientes desatentos, sem contudo pegá-las na mesma hora, recompondo-as nas prateleiras naquele local.

Também se pode usar outro exemplo nesse mesmo seguimento, quando se procura por determinado produto, indagando-o seu local no supermercado, onde raramente o indagado informará com precisão sua localização.

E tais procedimentos se estendem por todos as atividades profissionais que existem. Hoje em dia a impressão que se tem é a de que as pessoas não estão interessadas naquilo que fazem. Talvez só umas poucas delas. Desconsideram um fator importantíssimo no desempenho profissional: executar as tarefas no plano da excelência.

Ora, essa assertiva é presunçosa e pretenciosa, dirão muitos dos que dela tomarem conhecimento. Isto é certo. Contudo, a partir deste momento, pedir-se-á a todos que observem o que se relata aqui, doravante.

E a observação não pode limitar-se apenas ao outro. Também ao próprio leitor, se isso é capaz de realizar. Com efeito, se todos observassem tais fatos, os desempenhos profissionais seriam melhores, sem dúvida. E o resultado o teríamos em nosso cotidiano.

Mas, com certeza, isso passa a ser um fato utópico, de um autor um tanto quanto perturbado, dirão alguns. Ou muitos. Fazer o quê.

Atento Observador
Enviado por Atento Observador em 07/12/2015
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