Bullying : o sofrimento das gerações
O bullying pode ser considerado um desequilíbrio de poder entre pessoas de qualquer idade. Os autores que o praticam, possuem eventualmente, histórico de violência em casa e tendência a repetir essa agressividade no futuro (seja na escola, na igreja, no trabalho, na família, entre outras). Este é o grande problema enfrentado por várias gerações.
Geralmente esses agressores são envolvidos com valores como poder, virilidade, força física e impunidade. E suas vítimas, na maioria das vezes, são crianças e/ou jovens tímidos e com baixa autoestima. Consideram-se desqualificados em relação ao agressor.
O garoto é "zombado", por exemplo, mas não porque ele é baixinho, mas porque ele acredita que é baixinho e se sente como tal, aceitando essa diferença incômoda.
E não podemos nos esquecer do papel desempenhado pelo terceiro elemento, nesse sofrimento das gerações: as testemunhas. Elas legitimam e fortalecem a figura do autor, mesmo que por medo de vir a se tornar vítimas.
Afinal, todos sabemos que, para o agressor, não faz sentido intimidar alguém sem “plateia” que o possa popularizar e o vangloriar.
O bullying é um problema sério e todos os envolvidos direto, ou indiretamente necessitam de atenção. Pois ninguém precisa se afirmar sobre o outro.
Os agressores precisam ser ajudados para que tomem contato com uma nova modalidade de valores morais, como o de respeito ao outro.
Já as vítimas precisam de ajuda, no sentido de superar a agressão sofrida e não deixa-la que aconteça de novo. Além de trabalhar a necessidade de aumentar sua auto-estima. Saber relatar o que está acontecendo com ela no dia-a-dia e pedir ajuda a alguém caso precise.
Em síntese, esse problema não se resolve da noite para o dia. Crianças e adolescentes ainda não são capazes de refletir com responsabilidade sobre as consequências de seus atos, condutas ou palavras. Nesta fase da vida, eles tem dificuldades de se colocar no lugar do outro.
Porém, os pais, os responsáveis, as escolas, a comunidade em geral, não podem estar ausentes na orientação dos jovens quanto às regras da convivência humana; devem sempre buscar ensinar relações respeitosas, apesar dos conflitos e confrontos que podem surgir.