Por que o Brasil opta sempre por andar NA CONTRAMÃO ?
Ficamos estupefactos (lembram-se deste termo?) ao tomarmos conhecimento, pela mídia, da decisão governamental de NÃO EXIGIR VISTOS DE ENTRADA DE ESTRANGEIROS por ocasião dos Jogos Olímpicos Mundiais a serem realizados em território brasileiro - o Rio de Janeiro.
Se tal medida permissiva (e altamente perigosa) teve como objetivo passar ao mundo uma imagem de despreocupa-
ção, segurança e tranquilidade com relação à realização de tal evento AQUI, pelo simples fato de o Brasil ser considerado um país pacífico, no nosso entendimento, trata-se de uma atitude temerária, uma ver-
dadeira faca de dois gumes.
O "primeiro gume" seria o lado (supostamente) po-
sitivo, na visão CONVENIENTE dos turistas, ao não terem que se submeter à burocracia (principalmente a nossa) que envolve o cansati-vo processo de renovação de visto.
Pelo visto, depreende-se que nossas autoridades
não conseguem entrever qualquer tipo de risco tanto para os visitan-
tes quanto para o nosso próprio país, com tal concessão.
E foi por causa de tal concessão - D E S C A B I D A - que o comandante militar, até então incumbido da segurança para
tal evento, pediu para ser exonerado do cargo, o que, aliás, no nosso
entendimento, foi uma atitude sábia.
O Brasil, com tal decisão, está brincando com fogo:
O fato da nossa índole pacífica e do nosso não envolvimento com qualquer das partes nesse conflito do Oriente Médio não nos exclui da possibilidade de atentados aqui no Brasil, perpetra-dos por terroristas como esses ligados ao EI (Estado Islâmico), para os
quais o detalhe DISTÂNCIA não representa obstáculo.
Esse grupo terrorista tem ampliado seus tentácu-
los mundo afora, independente da distância do país-alvo.
O que interessa a eles é fazer o maior estrago pos-
sível, seja onde for, na distância que for, para incutir medo. E um estádio lotado (no caso aqui do Brasil) representa o alvo perfeito para fins de atentado para esse tipo de gente.
Eles (do EI) sabem que, em eventos como esse (Jogos Olímpicos), estarão presentes pessoas do mundo inteiro, inclu-
sive as delegações dos países que são vistos como seus inimigos.
Aduza-se a isso o fato de que (longe de querer o-
fendê-los) nossos serviços de inteligência não estão suficientemente preparados para uma atuação satisfatória, no que se refere a medidas para evitar atentados.
Tomemos como exemplo o epísódio mais recente (atentado) na França, cujo resultado final de mortos e feridos foi assustador. E olhe que a França - assim como a maioria dos países
que compõem a União Europeia - dispõe de um serviço de inteligên-
cia invejável. E ainda assim de nada valeu, pois não conseguiu evitar
o desastre que foi aquele trágico atentado terrorista.
Face a tais considerações, urge que o Brasil reve-
ja a tempo essa sua concessão...irresponsável, voltando a exigir os
vistos atualizados para entrada dos turistas em nosso país.