O ANJO DO SENHOR

PALAVRAS DE VIDA

Pastor Serafim Isidoro.

ANGEOLOGIA

“...esêmanen aposteílas diá toû ángelos aútoû tô doúlô aútoû Iôánnê... “ – Ap.1.1.

A palavra hebraica MALAH (ou MAL´ÃK, conforme o Dicionário VINE ) e a palavra grega ANGELOS significam MENSAGEIRO. A primeira menção bíblica destes termos encontra-se em Gn. 16.7, lá pelo século dezenove aC. no episódio da vida de Abraão com a escrava egípcia Hagar. O substantivo Mal´ãk ocorre 213 vezes no V. T. – Velha Aliança .

A atuação de anjos é registrada em toda a Bíblia, seja na Velha ou na Nova Aliança. Tal ocorrência na vida e no ministério do Senhor Jesus, começa no Seu nascimento e termina na Sua ascensão. A interferência divina na raça humana é quase sempre feita através desses mensageiros magníficos em poder – para citarmos os termos do escritor da epístola aos Hebreus.

De alguns anos para cá, por influência dos teólogos do século passado, nossos seminários, faculdades e institutos bíblicos vêm declarando que o ANJO DO SENHOR (Angelos tou Kiriou) fosse o próprio Senhor Jesus pré-encarnado na dispensação da Velha Aliança, assim como por exemplo, o apóstolo Paulo escreveu aos coríntios que: “A pedra era o Cristo” – I Co. 10.4. Teólogo primeiro, o apóstolo aos gentios teria por certo que declarar-nos TODO o conselho de Deus. Suas revelações foram, na sua maioria, inéditas. Paulo não apenas citou os escritos da Velha Aliança. Ele acrescentou revelações aos mistérios que não foram nela citados ou explicados aos judeus ou leitores das sagradas escrituras.

Mas Paulo nunca escreveu que o Anjo do Senhor fosse Jesus ( ou o Logos – o Verbo de Deus). Não nos parece razoável que o Senhor da Igreja, Rei dos reis estivesse em algum tempo SERVINDO ao povo Israel. O LOGOS é eterno – Este é o Espírito Jesus. Paulo declara que: “O Senhor é o Espírito” – II Co. 3.17. Paulo, ou qualquer dos apóstolos, não faz nenhuma revelação de que o Anjo do Senhor fosse o Ungido, Filho de Deus, Senhor e criador dos Exércitos Celestiais. Ele é – isto sim – “maior do que os anjos – Hb.1.4.

Depois de oitenta anos de vida e sessenta de ministério, descubro que eu seja talvez um dos poucos remanescentes de nossa primeira escola bíblica de obreiros da Assembléia de Deus que foi estabelecida na cidade Lavras-M.G. nos idos de 1949 pelo então missionário N. Lawrence Olson e que a partir do ano 1953 cursei por nove anos as suas realizações. Nossos mestres naquela época refutavam com veemência a declaração de pré-encarnação de Jesus. Éramos concordes em afirmar que o Anjo do Senhor – Ap.1.1 – fosse o “ORDENANÇA” como nas Forças Armadas, um anjo com a autoridade e a representação pessoal da divindade, recebendo por isso até adoração.

Nesse caso da revelação do Apocalípse esse anjo conduz a João, o escritor, às mais significativas revelações aos judeus e às gentes que deverão estar vivas no período da chamada Tribulação, revelando-lhe as coisas finais. Esse anjo leva João a contemplar o Senhor Jesus e ao vê-lo, João cai a Seus pés como um morto – Ap. 1.17. Um é o anjo que conduz a João; outro é o Senhor Jesus. São dois personagens distintos. Jesus não é o anjo; o anjo não é Jesus. A revelação vem através desse anjo a quem Deus incumbiu para esta missão.

Sempre haverá evoluções na teologia. Mas o direito a aceitá-las ou contestá-las será também sempre preservado no acurado exame das sagradas escrituras. Tomar copo de água como bênção, pisar o sal de cozinha ou colocar os pés na bacia com óleo, usar vestes levíticas ou sacerdotais sem ser judeu, são inovações que, de tão absurdas, nem podem ser consideradas teológicas.

Só Jesus.

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