O CLIMA SANTARITENSE
FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Foges em companhia de ti próprio: é de alma que precisas mudar, não de clima.
Seneca
O clima de Santa Rita é quente e seco, não muito saudá¬vel, pois, na época do inverno torna-se úmido, tendo em vista, os mangues que circulam em ambas às margens do Rio Samuraguai, assim chamado pelos nativos e pelos holandeses em 16 de outubro de 1636, quando ocorreu o assassinato por Francisco Rabelo e seus comandados do Governo Ippo Eys-sens, no Engenho Espirito Santo, segundo Donato (1996, p. 283), o que nos leva a deduzir que o referido rio mudou de nome para Rio São Domingos, pelo branco colonizador e explorador da várzea da Paraíba, e finalmente passou a denominar-se de Rio Paraíba e ou “rio ruim”, em tupy guarani. Assim sendo, foi no território paraibano do futuro município de Santa Rita, nos termos do Decreto Estadual nº 10, de 19 de março de 1890, que o domínio holandês foi surpreendido, derrotado, vencido e expulso, pela primeira vez em terra brasileira. Podemos assim dizer que o nativismo de nossa futura pátria aqui teve inicio diante do fato da expulsão holandesa do território paraibano, diante da vitória consignada no universo popular através da lenda e da devoção a Nossa Senhora, a do Socorro e a da Batalha, onde o povo fez erguer duas capelas para contar para as novas gerações aquele grande feito, ato continuo provado com o assassinato do governador holandês na terra dos Tabajaras.
No tocante a temperatura, pode-se dizer que é variável entre 18 a 36°C, na maior parte do ano à sombra. Em suma devemos assim entender que clima em qualquer lugar do planeta terra é o conjunto de condições e ou diversidades atmosféricas que caracterizam uma região, levando-se em consideração a influência exercida direta e indiretamente sobre a vida racional e irracional, de modo que em Santa Rita não é diferente tal conceito.
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Referências
A Gazeta da Parahyba – Decreto nº 10, de 19/03/1890, publicado em 21/03/1890 (Arquivado no IHGP).
AGUIAR, Francisco de Paula Melo. Santa Rita, Sua História, Sua Gente. Campina Grande: Gráfica Júlio Costa, 1985.
DONATO, Hernâni. Dicionário das Batalhas Brasileiras. 2ª ed. São Paulo: IBRASA, 1996. 553 páginas.