Brasil, o país das lavadeiras
Nos corredores do País os escândalos que envolvem os grandes empresários, diretores e políticos, bem como problemas que colocam em “cheque” a situação cultural, esportiva, política, econômica e Social não são atrativas ao povo. Pois sem menosprezar qualquer classe, parece que nos atemos a falar da vida alheia a beira dos rios ou ribanceiras desse rincão.
Dia a dia vê-se a situação arrochar. Assomado a falta de segurança, a falta de uma educação mais adequada e uma saúde de qualidade, os problemas diversificam na falta de políticas públicas também no campo da geração de empregos. E o povo, que sofre incisivamente continua se atendo a fatos mirabolantes, como Coca - Cola, Cerveja e cigarro.
A caráter, parece que a vida alheia é a que mais chama a atenção, visto que todos se interessam por quem é ou não é, ou agora se diz homossexual, se faz programa ou não, casou ou deixou de casar. A futilidade é tanta, que as nossas músicas norteiam um caminho, a cada hora, mais frustrantes. O lirismo das poesias se perdeu numa criatividade vil impulsionada apenas pela venda e não pela qualidade. Pouco se aprende, porque pouco se tem para oferecer.
Há várias correntes, mas a que sempre se mantém atual é aquela cujo tipo não beneficia a sociedade, não clama por qualidade e não vislumbra dias melhores. Dessa forma, a cada instante ignorantes, pode-se observar que o povo segue em rota de colisão com a agonia, como estamos vivendo hoje.
Com todo esse aparato de discórdia, de falta de responsabilidade dos cidadãos, a liberdade perde o rumo, a Democracia torna-se refém dos homens que manipulam o poder, a lei vira piada e a República desgastada, dar sinais claros de falência.
No ir e vir das ondas, não se sabe objetar qual o verdadeiro significado das falácias. E se perguntado aos mexeriqueiros de plantão, com toda a certeza não saberão dizer. O fato é então, exposto em ser ou não ser adulto; ser ou não ser criança. No meio termo, já nem se sabe de tanta coisa, pois no país do caos a televisão, que é a revolução, é quem é paga para instalar a confusão.
Embora muitos achem que vão lucrar todos são os que vão pagar a conta. Eis ai a recessão perturbando os ouvidos com juros altos, com os preços subindo e com a credibilidade política em baixa.
Não obstante a esse cenário, a corrupção e a impunidade, a própria economia, vivendo dias difíceis ficam nas entrelinhas de todos que no inicio da manhã ou no fim da tarde apenas se juntam para reclamar.
Não sei se está na hora, mas acredito que o momento é de transição, porém não é salutar continuar a balbuciar o que todos identificam como evidência. A proposta de vir do campo para cidade, também é para mudar, pois pelo menos na ideia, essa cidade tinha que ter estrutura e se ainda, no século vinte e um, com tanta tecnologia não se tem um norte. Passados todos esses anos é necessário, que saiamos de dentro do armário, saiamos da beira das pontes, dos quartéis ou do marasmo para pleitear um amanhã mais significativo à vida. Pois o bem mais precioso, que qualquer pessoa merece, com toda a certeza, não vai além da vida.
De forma, que desde o Imperador aos Prefeitos, não se tem muito o que por na conta da esperança, de ver esse Brasil livre, visto que quem constrói não sabe de fato o quanto paga de imposto. Até pode se preocupar com o pão nosso de cada dia, mas não sabe fazer a conta e por isso talvez, seja mais encorajador, olhar os outros pela fechadura, falar do futebol, pagar dizimo, falar da vida dos outros ou quem sabe ouvir melodias que lhes atiçam a libido.