QUANDO O SOL NASCER

Como boêmio, sigo a noite contando as estrelas, fazendo sarau pelas madrugadas, sem apegar-me ao "britanismo" pontual. Não espero, jamais, encontrar alegria perfeita em tempo integral. A felicidade tem suas imperfeições, eu sei. Por isso canto, danço, vivo o momento, esperançoso talvez, de habitar o vazio e fazer a dor doer menos ou parar de doer...

Vou esperar o dia seguinte; esperar o Sol nascer e voltar a brilhar... A única coisa que é certa, pontual e brilhante, é a luz do Sol, certamente. Afora isso, tudo é efêmero e incerto. A gente decora a fala, ensaia o texto, premedita a resposta, e, vem o destino, ou coisa do tipo, muda tudo e frusta o nosso desejo mais íntimo...

Dessa forma, então, sem cometer insanidade que macule a minha essência, vou andando pelo desconhecido, ousadamente, sem medo para vazar fora o desconforto da dúvida.

Duvida de seguir, parar, ou recuar... Às vezes é saudável dar uma recuada básica, para conciliar vontades, alimentar afetos e oficializar a paz. Recuar um pouco, muitas vezes é balsâmico. Tem efeito de manto sagrado que não deforma a realidade, não traz desesperança, nos conforta e nos permite avançar com segurança, amanhã, quando o Sol nascer !!!..

Manoel Lobo.

Manoel Rocha Lobo
Enviado por Manoel Rocha Lobo em 25/10/2015
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