MINISTRO DO SUPREMO VÊ NA RENÚNCIA COLETIVA A SOLUÇÃO!

Confirmando suas declarações publicadas pela Folha de São Paulo desta segunda (19), o ministro do STF - Supremo Tribunal Federal – Marco Aurélio Mello, disse aos jornalistas que o entrevistaram no programa RODA VIVA, da TV Cultura que a solução menos traumática para o Brasil para resolução da atual crise, seria a RENÚNCIA COLETIVA da presidente Dilma e do seu vice - Temer, do presidente da Câmara Federal – deputado Eduardo Cunha e, mais adiante, disse ser interessante a renúncia do presidente do Senado – Renan Calheiros. Os jornalistas Augusto Nunes, mediador do programa e José Newmanni Pinto, um dos decanos do jornalismo brasileiro, entre outros representantes de órgãos da nossa imprensa, não pouparam perguntas pesadas ao ministro que mostrou-se muito à vontade. “Do ponto de vista internacional, para a solução da crise, não vejo outra saída, apesar de achá-la utópica” – disse Marco Aurélio em sua fala.

José Newmanni Pinto pediu a opinião do ministro sobre o ‘encontro às escondidas’ da presidente Dilma com o presidente do STF – ministro Ricardo Lewandowiski, logo no início da crise em Portugal, na cidade do Porto, quando Dilma Rousseff regressava de uma viagem à Europa e desviou a rota para a conversa, e o ministro tentou minimizá-lo, alegando que o ‘encontro’ teria sido para tratar do aumento salarial dos funcionários do Poder Judiciário. Instado por Newmanni, Marco Aurélio arrematou: “Eu não o teria feito”. Marco Aurélio elogiou o juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal do Paraná, mas asseverou que existem outros juízes com igual capacidade para julgar processos de tal envergadura. Criticou as prisões preventivas, que na sua visão estão sendo utilizadas como regra em lugar da exceção que lhe são atribuídas pelo Código de Processo Penal, mas ressaltou que, ‘em alguns casos, elas são necessárias se o réu estiver atrapalhando o andamento do processo’.

Perguntado sobre a consulta que o ministro do STF Dias Tofolli teria feito à presidente Dilma, se deveria ou não nomear o também ministro do Supremo Gilmar Mendes para relatar o processo que corre contra ela no STE – Superior Tribunal Eleitoral, Marco Aurélio disse não querer acreditar nesta hipótese, uma vez que o juiz não deve satisfações às partes envolvidas e que, se isto realmente aconteceu é lamentável e mais à frente aventou a possibilidade de, em caso de dúvidas, a parte prejudicada poderia impetrar uma ação de ‘impedimento’ do juiz que assim tivesse agido. Em síntese, o ministro Marco Aurélio, em mais de uma hora de entrevista, aconselhou os mandatários da Nação a renunciarem a seus cargos, já que o impasse da crise está a prejudicar o país e o povo brasileiro.

Como se vê, a semana começa com mais ‘bomba’!

Ricardo De Benedictis
Enviado por Ricardo De Benedictis em 20/10/2015
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