Prêmio Nobel de Literatura
Prêmio Nobel de Literatura 2010, Mário Vargas Llosa, afirmou que a corrupção bilionária de Lula causa até vertigens e denunciou o aumento da corrupção na América Latina. Vargas Llosa participou da Assembléia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), realizada em Charleston, EUA, neste sábado, 3 de outubro.
As declarações do renomado Prêmio Nobel durante a conferência de imprensa internacional são devastadoras e sepultam definitivamente o pouco que restou da reputação de Lula no mundo.
"A corrupção é um problema grave, a maior ameaça para a democracia, especialmente com as novas e recentes democracias latino-americanas. O Brasil parecia ter decolado, mas o que freou de repente e e está provocando o retrocesso? A corrupção, que está de volta mais forte que nunca, acima do pico de todos os níveis já alcançados, vinda de um governo que todos no mundo acreditavam que era exemplar: Lula implantou um governo profundamente corrupto. Dá até vertigem os montantes bilionários roubados pelos grandes ladrões do governo Lula. A história da Petrobras é incrível. É uma indicação do que pode acontecer se combater a corrupção, que se manifesta na América Latina maneira muito perturbador. Já não são os guerrilheiros, utopias socialistas, os golpes. São todos ladrões, como os narcotraficantes. Seria terrível que a democracia continue a ser esmagada e sufocada pela corrupção", afirmou.
O palestrante condenou ainda a "falta de coragem" dos governos latino-americanos para denunciar ditaduras e a violação dos direitos humanos na Venezuela, que se encontra em estado de "putrefação total" e advertiu que corrupção é a maior ameaça à democracia na América Latina.
Num recado direto aos governos de Dilma Rousseff e Cristina Kirshner, coniventes com o massacre de civis na Venezuela, Vargas Llosa apelou aos líderes da região para expressar defesa inequívoca da democracia, durante a Assembléia.
O escritor peruano desaprovou expressamente a "falta de coragem" e a "neutralidade" dos governos latino-americanos para denunciar "o aumento da ditadura", na Venezuela e promover a luta inequívoca contra a corrupção em seus países.
Vargas Llosa, de 79 anos, foi inflexível no sentido de garantir que a Venezuela é uma "putrefação total", como consequência do chamado socialismo do século XXI e é dirigido para as eleições fraudulentas dos parlamentares em dezembro.
"Maduro só pode ganhar esta eleição por uma fraude monstruosa, dada a sua impopularidade, a corrupção massiva, a inflação galopante, a pobreza e a alta criminalidade que mergulhou o país", alertou o autor de "A Festa do Bode".
"Os líderes do governo venezuelanos são os chefes das gangues. Os soldados estão todos comprados através de negócios da máfia", disse ele sobre o tema da corrupção na Venezuela.
Vargas Llosa observou que, examinando a história dos fracassos da democracia no continente, só se pode concluir que "a perseverança na o erro é uma característica da América Latina ", declaração que foi recebida com risos pela platéia. ele ainda afirmou que o populismo só funciona quando há dinheiro. Quando acaba, se torna uma ameaça real contra a democracia.
Llosa também se concentrou em criticar asperamente o presidente equatoriano, Rafael Correa, a quem ele chamou de "um grande demagogo" que dirigiu "leis repressivas", que sufocam a liberdade de expressão e de imprensa.
O Prêmio Nobel de Literatura 2010 classificou a corrupção como o primeiro mal que acomete muitos países e governos da América Latina, citando, entre outros, o caso do Brasil, um país que "parecia ter decolado e agora retrocede" com "a disposição dos investidores em não investir mais um tostão no país."
O ganhador do Prêmio Cervantes 1994 também culpou o retrocesso brasileiro à "corrupção de vertigem" que devora o país que atingiu "níveis máximos" com o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010).