O Grito do Ipiranga
Por mais que a gente não queira, ao abrirem-se os midiáticos jornais, televisores ou rádios, ou até mesmo, nas filas, nos corredores das repartições e das empresas, nas ruas de cada bairro, nos transportes coletivos do nosso dia a dia se ouve falar na Prefeita do Maranhão, que desviou 15 milhões, nos empreiteiros, senhores mais conceituados do país, que estão sendo presos, por fraude em licitações e corrupções diversas, que vão a ordem de 2,5 bilhões, quando não muito há chacina de jovens em Barueri, o iminente envolvimento dos políticos na corrupção da Petrobrás, do atropelamento e acidentes nas estradas, que não chove e os reservatórios de água estão abaixo do necessário em São Paulo, que os salários serão parcelados no Rio Grande do Sul e que os aposentados terão o seu décimo terceiro postergado e que o grande povo vai sair as ruas pra pedir impeachment da Presidenta, para através de cartazes ou atitudes vorazes expor o seu descontentamento, que na verdade dão vazões a tantas e tantas frustrações dos direitos, do respeito, dos deveres, dos descasos, do abandono do País e de tantos valores pertinentes a sociedade e a família, que são pilares para um Estado forte, mas que todos os dias são subtraídos por liberdade sem disciplina.
Na verdade são tantas as informações, mazelas antigas, Coloniais e atuais, que misturam-se, que vão de Municipais a Nacionais compelindo a população a um futuro de incertezas. As más influências começam pela baixa autoestima e enveredam na ignorância do povo. Indo se difundindo por inúmeros setores, atitudes e pessoas; como um surto sem qualquer antídoto. Assistimos a essa “peste negra” possuir os serviços e servidores, prestadores, perpassando pela criação de filhos, pela educação, pela saúde, economia e pelas inúmeras entidades, partidos políticos e religiões, agremiações de futebol e tantas outras ramificações que norteiam essa máquina chamada organização.
O fato que são várias instituições a fazerem essa nação, várias etnias, culturas com diversidades, que não foram devidamente lapidadas onde cada uma cuida dos seus interesses. Não obstante, temos o “elo esquecido”, a Educação, que sempre é pautado nos palanques políticos, mas que nunca se vê responsavelmente dirigido. Então, criado o ambiente propicio para associação indébita, a instituição maior, que abrange a todos, que é o Estado; esse eleito por todos para cuidar dos interesses da maioria e dar um direcionamento na ordem de todas as coisas, é o primeiro a cuidar dos seus interesses como se essa fosse a regra. Na contra mão dos cegos, surdos e mudos, há também aqueles, que se não foram ensinados pela raiz cultural de seus países, com certeza aprenderam muito bem, com o sinal fechado, aprenderam como muitos oportunistas na hora do rush.
Nesse vale de lágrimas, como em todo o poema, filme ou novela, há que se dispor a posicionar, quem desse quadro apenas o povo, é um ator a sofrer as consequências de políticas e mais políticas de engodo. Como a expor temos pessoas que usam o transporte coletivo e sentem o peso da má educação, dos desconfortos, seguidos de perto pelos roubos ameaçando a vida, bem como daqueles que ganham honestamente o seu salário e chegam em casa cansados, vendo as suas casas gradeadas, suas ruas sem saneamento e iluminação, com as mãos calejadas e assistem ao quadro de corrupção em instituições padrões e quando sentem os seus filhos enfermos precisando de um atendimento e se jogam ao hospital encontram profissionais indignos, que recebem mal, pela falta de condições, pela falta de estrutura, pela falta de medicamentos, pela falta, pela falta e tem que aceitar calados a morte de um ente em seus domínios, enquanto o Estado se desculpar, pra errar outra vez noutro período, ou então vê-se pessoas, filhos dos filhos se dirigirem as escolas pra não aprenderem além de violência,
Nessa linha de fogo, esse povo, não bastando respirar, o abandono do Estado, a política mal assistida do País, a constante corrupção em todos os setores, a miséria, a fome, a desigualdade frequente, o descaso e tantos insucessos, bem como, e porque não dizer do outro lado tem-se a selvageria dos nossos meninos bandidos, que matam, invadem e pilham os nossos sacrifícios.
Já não dá mais pra aguentar viver sob condições de indignações, que a cada dia mais e mais vão ficando além do humilhante. O país nesse instante se encontra as margens dó rio Ipiranga, com o grito armazenado nas veias. É hora de fazer a hora, antes que o novo dia comece e a esperança morram sem sequer aventurar a sua semente em dias melhores, onde o cidadão tenha verdadeiramente a consciência do seu papel na sociedade.
Cidadania então, encaixa como uma panacéia, na ordem dessa desmoralização Democrática de valores éticos e morais. Pois que pagar imposto, que construir essa nação com as mãos, que gerar riquezas e eleger pessoas para melhor gerir administrativamente, está na conta do povo, porém o falta é a fiscalização, ou melhor, a compreensão de muitos por quês, para se ter uma nação pautada dentro da ordem e do respeito mutuo.
Independência ou morte começa a dar lugar, a verdadeira manifestação popular, de cada um fazer realmente a sua parte, assumindo a postura definitiva de que o Estado é mais nosso do que deles. E assim começarmos a construir um Estado único, cujas intenções sejam voltadas ao bem comum.