OS TUBOS DA DILMA
 
A se julgar pelos editoriais da grande imprensa deste fim de semana, o governo Dilma já está com morte cerebral. Só falta alguém desligar os tubos. Esse é problema: quem vai desligar esses tubos? Cunha e Renan não podem porque estão contaminados pelos mesmos vírus e o diagnóstico é que morram junto com o governo que eles apoiaram, mas agora estão tentando se desligar. A mesma coisa ocorre com o vice Temer. Ele seria o herdeiro natural da coroa, mas sua ligação com o defunto é um complicador. Por isso ele se coloca em cima do muro, pronto para pular para o lado que erguer a mão. E se, por um milagre o doente terminal ainda mostrar um sopro de vida ele vai dizer para ele " estamos juntos" camarada. O Supremo também não pode fazer nada porque a ética constitucional é igual á ética médica. Não deve ser violada sob pena de castigo divino. E quanto á oposição, com Aécio, Serra, Alkmin, Fernando Henrique, o tucanato e companhia, esses também não estão certos de coisa alguma, e coragem é coisa que eles também nunca tiveram, pois quando foram governo, não fizeram as reformas de base que deveriam ser feitas para impedir o descalabro que está aí. Sobrou o TCU. Mas talvez os ministros do TCU sejam católicos demais e achem que eutanásia é pecado. Pelo menos é o deram a entender até agora ao prorrogar indefinidamente o parecer sobre as “pedaladas” da Dilma.
Na verdade, todos os partidos e políticos que ocuparam o poder, desde a queda da ditadura, são culpados pela situação atual, pois nenhum deles teve coragem de fazer as reformas necessárias para acabar com a bandalheira que sempre imperou na nossa política. Ninguém tirou os privilégios indevidos dos políticos, ninguém pensou em acabar com o odioso foro privilegiado, as aposentadorias especiais, as tais nomeações politicas para cargos na administração pública, que deveriam ser privilégio de técnicos concursados. Ao contrário, ao longo das nossas “ democráticas” administrações, as sinecuras aumentaram, os privilégios foram ampliados, o número de cargos cresceu de forma substantiva. Com isso o Estado inchou tanto que se tornou impossível sustentá-lo com a já obscena carga tributária que é cobrada. E não sobra para investir em educação, saúde, segurança e infra estrutura, que são as prioridades de qualquer governo. E com a subida do PT ao poder, esse Estado, que já pesava de forma abusiva sobre os ombros da população tornou-se impossível de suportar. Aliás, o PT, por conta da sua ideologia estatizante, deu o toque final que acabou por transformar o Estado brasileiro em um monstrengo devorador de recursos, e o resultado é esse que está ai.
Então ficamos nesse impasse. Todo mundo sabe que o defunto já era ,mas ninguém toma a frente para enterrá-lo. E enquanto não se enterra o defunto, a viúva, que é o país, não pode começar vida nova.  E o defunto, quanto mais tempo fica sem enterrar, mais fede. É o que está acontecendo com a Dilma. Cada dia o seu governo, já cadáver, fede mais.
Está na hora de tomar uma decisão e desligar os tubos da Dilma. Até porque ela mesma não tem a grandeza necessária para praticar uma auto eutanásia. Essa seria a solução ideal e a menos traumática. O que não dá é continuar a conviver com esse cadáver de governo. O Brasil é ainda muito jovem, viril e com muitas potencialidades para ficar velando defunto. Se há alguém com coragem nessa UTI de doidos que Brasília se transformou, por favor, desligue os tubos da Dilma. Antes que o país todo morra de infecção hospitalar