A SINDROME DE PÔNCIO PILATOS
A SINDROME DE PÔNCIO PILATOS
Hoje cada vez mais vemos um ato que nos foi passado pela história e que está sempre atual que eu chamaria da “síndrome de Pôncio Pilatos”. Sim, as pessoas mergulhadas em suas coisas,ou naquilo que pensam serem suas ,não se importam com nada acontece ao seu redor.
Os costumes sociais já não são tão permanentes, mudam constantemente. A idéia do todo se individualizou, estamos rodeados por tantos, mas terrivelmente só. Até parece que a fórmula de preservação da espécie como um item existencial ficou para trás. O “EU”, tornou-se absoluto,sempre “EU”. Quantas vemos assistimos alguém caído a beira de uma calçada,ou em um acidente que passamos e vemos o fato como algo tão natural.E ainda mais,quando temos a vontade de ajudar,nos vêem a idéia do comprometimento,de ser testemunha ou de ter que a responsabilidade do fato acontecido. E mais uma vez lavamos nossas mãos,repetindo o ato de Pôncio Pilatos. A parábola do Bom Samaritano, está tão distante quanto as estrelas no firmamento.O outro,que não conhecemos,até que se prove é nosso maior inimigo. Proclamamos em alto e bom som a liberdade e somos prisioneiros dela.Nossas casas tornaram se verdadeiras fortalezas com alarmes,sensores de presença,grades que se assemelham a uma prisão.Elegemos a TV como nosso maior e melhor amigo. Sentamos todos à frente dela e a ouvimos como antes faziam nossos avós para ao sabor de um céu estrelado,ouvir os causos que nos encantavam, mas temos como dádiva a hora do intervalo,mas que por vezes é tomado para ir ao banheiro. Quando chegamos cansado do trabalho,nos sentamos diante do computador e conversamos com outros que refugiados por trás de um teclados,são nossos “amigos virtuais”.
Continuando com a “Síndrome de Pôncio Pilatos”, se vermos alguém assaltar um carro , ou a residência de alguém que conhecemos,na maioria das vezes,lavamos nossas mãos ,com medo de represálias.
Mas a vida continua,quem sabe em algum lugar,em um tempo que ainda iremos alcançar, haja um lugar onde as pessoas importarão se uma com as outras e não haverá a necessidade de pedirmos uma bacia com água para lavar não nossas mãos , mas nossas consciências...
23/06/2007