SOBRE GRUPOS E INSTITUIÇÕES

Não sei se as pessoas têm de forma geral algo naturalmente programado pra pertencer a grupos... Porque elas ora enxergam a coerência do discurso do grupo e se vêem protegidas, ora tentam passar massa corrida nas falhas/contradições pra manter o grupo com uma aparência coesa (pra então se reabrigar nele). Por isso que sempre desconfio de grupos homogêneos e longos no tempo. Se as pessoas buscam a verdade das coisas, acho que é natural que os grupos sejam menores, mais efêmeros, mais flexíveis...

Acho que parte dessa constatação se aplica a partidos políticos, por exemplo. Quando o grupo é tão longo, duradouro, denso, ele se materializa em coisas físicas, em relações socias/de poder - emblema, lema, cargos, salários, poder, aí que os grupos viram um problema mesmo. A partir de um ponto a principal intenção de um grupo é continuar existindo - os questionamentos desaparecem em nome dos seus dependentes, suas relações, suas aparências... Com as religiões, por exemplo, isso acontece. Talvez Pedro, lá no início, errou ao (sobre a pedra) transformar os ensinamento de Jesus Cristo em uma instituição (todos os dissidentes erram a cada refundação talvez).

Andrié Silva
Enviado por Andrié Silva em 19/08/2015
Reeditado em 19/08/2015
Código do texto: T5352187
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