DO PRÉ A UNIVERSIDADE
No atual momento do Brasil se “política” fosse uma marca de papel higiênico, certamente seria a mais usada pelos brasileiros sem nenhuma distinção de classe social. O único, porém, seria quanto a sua maciez.
Democracia é outra palavra que na boca dos políticos muda de significado, sempre dependendo de que lado você está. Neste momento, colocado contra a parede o Partido dos Trabalhadores a defende com unhas e dentes.
Agora a principal acusação à oposição é de tentar burlar a legitimidade das urnas. Para os petistas, seria um crime contra a democracia tirar a presidente Dilma do poder. Um golpe das elites. Mas esse mesmo pensamento num passado recente não valeu.
Lembram-se das caras pintadas? De Collor de Mello? Pois é! Quem estava na linha de frente daquele golpe? Engraçado, naquela época todos se esqueceram de que o “Caçador de Marajás”, também tinha a legitimidade das urnas. Exatamente como agora.
Se até aqui alguém pensou que estou defendendo Collor de Mello enganou-se. Nem o título do artigo tem haver com educação. Que está recebendo um castigo imerecido com a crise política e econômica que tomou conta do país.
O assunto é outro. Eu diria que Collor de Mello foi o “fundador” responsável pelo aparecimento da pré-corrupção. Perto do Mensalão e da Petrobras, Collor estava no jardim de infância.
Uma década depois, com Lula no poder coube aos petistas inaugurarem a universidade dos corruptos. E à medida que o tempo foi passando, a disputa por uma vaga nessa universidade foi ficando mais acirrada. Correm na penumbra dos seus corredores somas bilionárias. Fora da compreensão de pessoas normais.
E voltamos para Dilma Rousseff. A cantilena de agora diz que é impossível um impeachment da presidente sem provas irrefutáveis.
Bingo! E que provas irrefutáveis tinham-se contra Collor de Mello? Nenhuma. Tanto é que o processo foi arquivado no STF (Supremo Tribunal Federal). Mesmo assim ele foi tirado da presidência como se mata baratas em casa. Como tudo parece ter ficado numa boa, agora ele decidiu formar-se na universidade também.
Essa universidade corrupta construiu um esquema ardiloso para funcionar. Como não é capaz de formar doutores ou de fabricar gênios, instituiu a distribuição de esmola.
Quem se preocupa com o ladrão, enquanto ele deixar espalhado algumas notas de dez reais pelo caminho?