BRASIL MINHA PÁTRIA

Francisco de Paula Melo Aguiar

Não perguntes o que a tua pátria pode fazer por ti. Pergunta o que tu podes fazer por ela.

John Kennedy

Desde criança aprendi com meus pais e depois com minha professora Beatriz Lopes, ainda no curso primário de que a pátria é uma palavra de origem latina, que significa ser o país em que se nasce, isto é, o lugar pelo qual o individuo está pregado pela raiz mais profunda do ser humano.

Assim é bom acrescentar a noção primitiva de país como sendo um forte emotivo, potencial e evocativo, tendo em vista que enfatiza em sua totalidade a ideia de continuidade histórica de todo e qualquer povo, o que vale dizer que isso representa a garantia plena, tendo em vista a sucessão concreta das gerações presentes e futuras, isso vem a tona a ideia de que é um patrimônio comum no que se referem as idéias, símbolos, aspirações, linguagem e valores culturais herdados de seus antepassados, onde deve ser conservado, sempre que possível, enriquecido para que seja sua transmissão garantida aos filhos, netos, bisnetos, etc.

A pátria deve ser entendida como sendo o primeiro bem fundamental do cidadão, desde criança até a melhor idade. Se deve assim entender a pátria, porque somente se sabe o valor real que ela tem quando o individuo se sente dela privado, através do poder da força ignorante de ditadores, fruto da tirania de origem antipopular.

O intelectual Rui Barbosa define a pátria dizendo que “a pátria não é de ninguém, são de todos; e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação. A pátria não é um sistema, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade”, e acrescenta ainda o referido jurista e intelectual brasileiro, dissertando sobre pátria, ao dizer que, “os que a servem são os que não invejam, os que não conspiram, os que não sublevam, os que não desalentam, os que não emudecem, os que não se acobardam, mas resistem, mas ensinam, mas esforçam, mas pacificam, mas discutem, mas praticam a justiça, a admiração, o entusiasmo”, e conclui seu pensamento sobre o que é a pátria? Enfatizando, “porque todos os sentimentos grandes são benignos e residem originariamente no amor”. Claro não no amor a corrupção, materializada com o nome de mensalão, lava jato, Petrobrás, etc., etc.

Infelizmente, me sinto só diante dos problemas que surgem em face dos acontecimentos negativos provocados por “bons” políticos brasileiros, salvadores da pátria, sic, que em nome da democracia usam e abusam do dinheiro público, que fazem do erário, a sua propriedade privada. Isso é corrupção e lesa pátria. Tudo me faz lembrar o que aprendi há décadas quando li o livro: “Minha Pátria está só”, de autoria de Jozsef Kovago, publicado pela Editora Lidador/MEC/INL, que tem 318 páginas e que como prefaciador Jarbas Passarinho. A corrupção pode desaguar em regime de força do tipo ditadura, seja ela militar e/ou civil, dois germes que a nacionalidade brasileira já assistiu durante o Estado Novo do Getulismo (1937/1945) e a Ditadura Militar (19634/1985), onde, “os operários não tem pátria”, no dizer de Karl Marx.

Então, cadê os preparativos do desfile cívico escolar da semana sa Pátria do poder público para servir de exemplo à juventude que está a caminho da corrupção do corpo, da mente e da alma rumo aos crimes de todos naipes, alimentados pelas drogas lícitas e ilícitas?

Enfim, “o modo mais eficaz de seres útil à tua pátria é educares o teu filho”, segundo o escritor português Ramalho Ortigão(1836-1915), pensamento que concordo plenamente.

Viva o Brasil!

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 06/08/2015
Reeditado em 22/08/2024
Código do texto: T5337288
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