VÔO INCONGRUENTE

Discurso bonito sem prática em sua execução, nada feito, mero proselitismo barato, ideológico e irresponsável.

Francisco de Paula Melo Aguiar

As denuncias e os processos formalizados no bojo do lavajato, não despertaram até o momento a inconformação do povo simples, que continua calado, aceitando tudo e fazendo suas premeditações futuras, tamanha é a decepção nacional. Porque se correr o bicho pega e se ficar o bicho inflação come.

O voto não é brinquedo é a cidadania do futuro, porque o passado e o presente já se conhece em versos e em prosas na vida sofrida do povo em detrimento da riqueza fácil da quase totalidade de seus representantes nos três níveis da gestão administrativa pública nacional. Ah! Brincadeira, foram os arrastões de cunho ideológico da esquerda e/ou da direita, da turma da terra arrasada no ano de 2014 nas grandes cidades brasileiras, onde o povo simples ficaram reféns. Agora com tantas denúncias de corrupção e aumento da inflação e diminuição do poder aquisitivo da classe trabalhadora, ninguém assiste qualquer movimento, passeata e ou protesto denunciando tais atos envolvendo gente do oficialismo nacional.

Engana-se quem pensa que mandato eletivo é profissão, o povo no amor e/ou na dor tem que entender isso, caso contrário a decisão popular continuará sendo sempre balcão de negociata e de corrupção, o voto como sendo uma procuração e/ou cheque assinado em branco, sem qualquer responsabilidade com as políticas públicas que tanto necessitam os mais humildes, pobres e desempregados em um país que tem mais de duzentos milhões de habitantes, dentre os quais mais de 95% (noventa e cinco por cento) pertencem a classe do povão.

O brasileiro tem que aprender logo cedo na família e na escola a conviver com a inflação, isto é com a situação econômica, provocada pelo populismo da esquerda e/ou a direita irresponsável, proselitismo eleitoral, que nos leva direta e indiretamente ao fundo do poço, não tem saída, a alta geral de preços dos bens e serviços públicos e/ou privados e da sexta básica, envolvem uma cadeia de preços combinados, síndrome visível da corrupção política administrativa, de modo que o povo assalariado (ativos e inativos), portanto, com o baixo poder aquisitivo da moeda, via de regra baseada no salário mínimo, são levados a sacrifícios, dependências e dominação financeira, é a inflação voltando como um vulcão adormecido, e que mais uma vez é o povo que vai pagar a conta de tais governos populistas e proselitistas. Estão fazendo atualmente o que fizeram com nossos antepassados, o povo novamente vai ter que trabalhar para pagar a orgia da corrupção brasileira e continuar morrendo de fome e de necessidades básicas: saúde, segurança, educação, cultura, esporte, lazer, transporte, locomoção, emprego, justiça, comunicação, etc.

Quando um pobre comete uma infração penal do tipo roubar uma galinha para comer com sua família vai mofar na cadeia, enquanto isso um rico de colarinho branco tem direito a delação premiada. Resumo da ópera fica rindo a toa da sociedade...

Para se ganhar a eleição se precisa do povo e do vale tudo, para se governar vale apenas o grupo familiar do eleito, embora todos os cidadãos sejam consorciados diretos e indiretos nos deveres e nunca dos direitos da nacionalidade.

O inferno está cheio de boas intenções, assim como o céu e o povo mais uma vez sendo enrolado pelos paladinos de nossa democracia incipiente, onde os Poderes da República são confundidos como sendo propriedades privadas de grupos familiares e seus apaniguados.

Não se muda costumes através de medidas coercitivas e sim através de educação de qualidade, critica e capaz de garantir visibilidade contextual do mundo presente.

O lugar de bandido é na cadeia e do povo trabalhador é a praça pública para fazer valer seus direitos e deveres enquanto cidadão.

Querem patrulhar ideologicamente o ambiente escolar para que professores, funcionários e alunos não tomem conhecimento e ciência própria do momento vivenciado em nome da democracia, onde o povo paga com suor, fome e lágrima para viver.

O povo precisa cuidar melhor do poder público e ter mais responsabilidade na hora de votar, levando-se em consideração que o voto é uma procuração e/ou cheque em branco entregue a quem ganha a eleição. E depois de eleito só Deus sabe o que ele vai fazer...

A democracia brasileira encontra-se agonizante diante de tantos escândalos praticados por seus paladinos descontextualizados nas três esferas administrativas do poder público.

A Justiça deve ser igual para todos, mesmo diante das desigualdades sociais, religiosas, políticas, filosóficas, sociológicas, ideológicas, culturais, educacionais, étnicas, sexuais, profissionais, etc., independentemente da suntuosidade, da humildade e/ou da sujeição e/ou submissão do patrulhamento do poder estatal, levando-se em consideração de que em qualquer poder político, sua legitimidade depende diretamente do anseio popular. O ficar calado é aceitar tudo como perfeito e acabado. Povo forte é povo crítico.

Dois corpos jamais poderão ocupar o mesmo espaço, por analogia, isso é semelhante ao ser, ao ter e ao fazer triangular na religiosidade, na política, na profissionalização e em qualquer sentido no ambiente que costumamos chamar de sociedade leiga, laica, acadêmica e do senso comum.