MINHA PRIMEIRA NETA
MINHA PRIMEIRA NETA
Por Aderson Machado.
Quando ainda era menino, costumava, reiteradas vezes, ouvir o meu pai dizer: “A árvore que não dá fruto merece ser cortada e lançada ao fogo”. É evidente que essa é uma frase bíblica, muito conhecida de todos, que encerra uma série de significados. Mas o meu genitor a interpretava da seguinte maneira: Aquele que não casasse e não tivesse filhos não serviria para nada, senão para morrer e ser consumido pelo fogo eterno! Pois bem, ao tomar conhecimento dessa macabra interpretação, comecei logo a ficar preocupado e já queria crescer logo, me tornar homem de verdade para casar... e ter filhos. Muitos filhos. Mas havia um outro problema: O fato de casar, em si, não era garantia de se ter filhos, porquanto um dos cônjuges poderia ser estéril! E aí? O casal seria sacrificado por essa razão? Nada mais injusto se assim fosse! Mas essa preocupação pairou sobre mim por um bom tempo, pelo menos até chegar à adolescência, quando já tinha um conhecimento mais aprofundado de religião. Por outro lado, uma outra citação bíblica vinha corroborar o pensamento de meu pai: “Crescei e multiplicai”. Sendo assim, pensei com meus botões: “Não tem jeito não, tenho mesmo é que casar quando oportuno for!”. E foi o que efetivamente aconteceu depois de mais de duas décadas decorridas. E vieram os filhos, quer dizer, primeiro três filhas, depois um casal com minha atual esposa. Até aí, tudo bem. Como fruto de dois casamentos, Deus me proporcionou uma prole de cinco filhos.
É importante frisar, dentro deste contexto, um pensamento que diz: “Para um homem ser plenamente feliz se faz necessário três coisas: ter um filho(a), plantar uma árvore e escrever um livro”. Contudo, como contraponto a esse pensamento, dir-se-ia que não é importante ter um filho se você não o educar; não adianta escrever um livro se ninguém não o ler, bem como plantar uma árvore se você não regá-la! Depreende-se daí que não podemos nem devemos fazer algo apenas por fazê-lo. Com efeito, tudo que fazemos tem que ser feito com responsabilidade e, sobretudo, amor. É assim que o barco da vida tem que navegar.
Bem, conforme citei, quando casamos todos aspiramos a ter filhos, não necessariamente muitos filhos. Mas acontece que os filhos crescem, depois casam e... aí vêm os netos. Nada mais sublime para quem se torna avô de primeira viagem. É o caso deste escriba, que está esperando, ansiosamente, sua primeira neta, que vai nascer em agosto do corrente ano. Se Deus quiser!
A propósito, recebi a notícia da gravidez de minha filha Adele em janeiro deste ano. A informação foi dada por ela mesma, o que, desde já, me deixou muito feliz. E ansioso. Afinal de contas, já faz 35 anos que casei, tenho 63, e ainda não tenho um neto pra chamar de meu! No caso, estou esperando uma neta, cujo nome escolhido foi Eduarda. Um bonito nome, por sinal.
Por fim, espero e desejo que minha neta Eduarda nasça com muita saúde, para felicidade de todos: avôs, avós, pais, tios, tias, enfim...
Floresta/PE, 01 de julho de 2015.