FILOSOFIA E FILÓSOFOS

FILOSOFIA E FILÓSOFOS

Podemos definir filosofia como amor e sabedoria. Consiste no estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem. Desde a invenção da palavra “filosofia”, por Pitágoras, temos problemas filosóficos e diversas respostas a cada um deles. Talvez você esteja se perguntando: Como então definir o que seja realmente filosofia na opinião dos filósofos. O filósofo alemão Edmund Husserl diz que ele sabe o que é filosofia, ao mesmo tempo em que não sabe. Isto é, a explicitação do que é filosofia já é uma questão filosófica. E adverte que apenas os pensadores pouco exigentes se contentam com definições cabais.

A filosofia está assim delineada: Analítica, Clínica, Antiga, da Mente, da Religião, Contemporânea, Grega, Medieval, Moderna e Política. Para os pré-socráticos: a physis; para a Filosofia Antiga: a atividade política, técnica e ética do homem para a Filosofia Medieval, o conflito entre fé e razão, os Universais, a existência de Deus, a conciliação entre Presciência divina e Livre-Arbítrio, para a Filosofia Moderna, o empirismo e o racionalismo, para filosofia Contemporânea, diversos problemas a respeito da existência, da arte, da ciência, entre muitos outros.

Não é possível aprender qualquer filosofia, {...} só é possível aprender a filosofar, ou seja, exercitar o talento da razão, fazendo-a seguir seus princípios universais em certas tentativas filosóficas, já existentes, mas sempre reservando à razão o direito de investigar aqueles princípios em suas fontes, confirmando ou rejeitando-os. (Kant, filósofo alemão, assim se referiu ao filosofar). A filosofia foca questões da existência humana, mas diferentemente da religião, não é baseada na revelação divina ou na fé e sim na razão.

Segundo estudiosos, a filosofia surgiu na Grécia Antiga, por volta do século VI a.C. Naquela altura, a Grécia era um centro cultural importante e recebia influências de várias partes do mundo. Assim, o pensamento crítico começou a florescer e muitos indivíduos começaram a procurar respostas fora da mitologia grega. Essa atitude de reflexão que busca o conhecimento significou o nascimento da Filosofia. O profissional que exerce a filosofia é chamado de filósofo. é Um indivíduo que busca o conhecimento de si mesmo, sem uma visão pragmática, é movido pela curiosidade e sobre os fundamentos da realidade.

Além do desenvolvimento da filosofia como uma disciplina, a filosofia é intrínseca à condição humana, não é um conhecimento, mas uma atitude natural do homem em relação ao universo e seu próprio ser. A reflexão filosófica não é privilégio de filósofo. O que, portanto, distingue a reflexão filosófica das demais? O filósofo brasileiro Dermeval Saviani, no livro Educação Brasileira: estrutura e sistema, na tentativa de se aproximar de uma definição possível, conceitua a filosofia como uma reflexão radical, rigorosa e de conjunto sobre os problemas que a realidade apresenta.

A etimologia da palavra reflexão, reflectere, em latim, significa “fazer retroceder”, “voltar atrás”. Portanto, refletir é retomar o próprio pensamento, pensar e já pensado, voltar para si mesmo e questionar o já conhecido. Radical em latim, radix, radicis, significa “raiz”, mas também: “fundamento”, “base”. Filósofo é um indivíduo que busca o conhecimento de si mesmo, sem uma visão pragmática, é movido pela curiosidade e sobre os fundamentos da realidade. Maiêutica deriva do grego maieutiké, “arte de fazer um parto”.

Além do desenvolvimento da filosofia como uma disciplina, a filosofia é intrínseca à condição humana, não é um conhecimento, mas uma atitude natural do homem em relação ao universo e seu próprio ser. A filosofia foca questões da existência humana, mas diferentemente da religião, não é baseada na revelação divina ou na fé e sim na razão. Desta forma, a filosofia pode ser definida como a análise racional do significado da existência humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser.(Fonte: Maria Lúcia de Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins).

Apesar de algumas semelhanças com a ciência, muitas das perguntas da filosofia não podem ser respondidas pelo empirismo experimental. A filosofia pode ser dividida em vários ramos. A filosofia do ser, por exemplo, inclui a metafísica, ontologia e cosmologia, entre outras disciplinas. A filosofia do conhecimento inclui a lógica e a epistemologia, enquanto filosofia de trabalho está relacionada a questões como a ética.

Diversos filósofos deixaram seu nome gravado na história mundial, com suas teorias que são debatidas, aceitas e condenadas até os dias de hoje. Alguns desses filósofos são Aristóteles, Pitágoras, Platão, Sócrates, Descartes, Locke, Kant, Freud, Habermas e muitos outros. Cada um desses filósofos fez suas teorias baseadas nas diversas disciplinas da filosofia, lógica, metafísica, ética, filosofia política, estética e outras.

De acordo com Platão, um filósofo tenta chegar ao conhecimento das Ideias, do verdadeiro conhecimento caracterizado como episteme, que se opõe à doxa, que é baseado somente na aparência. Segundo Aristóteles, o conhecimento pode ser divido em três categorias, de acordo com a conduta do ser humano: conhecimento teórico (matemática, metafísica, psicologia), conhecimento prático (política e ética) e conhecimento poético (poética e economia). (Fonte: significado.com.br/).

Nos dias de hoje a palavra "filosofia" é muitas vezes usada para descrever um conjunto de ideias ou atitudes, como por exemplo: "filosofia de vida", "filosofia política", "filosofia da educação", "filosofia reggae" etc. Antes de surgir o termo filosofia, Heródoto já usava o verbo filosofar e Heráclito usava o substantivo filósofo. No entanto, vários autores indicam que Tales de Mileto foi o primeiro filósofo (sem se descrever como tal) e Pitágoras foi o primeiro que se classificou como filósofo ou amante da sabedoria.

Desta forma, a filosofia pode ser definida como a análise racional do significado da existência humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser. Apesar de algumas semelhanças com a ciência, muitas das perguntas da filosofia não podem ser respondidas pelo empirismo experimental. “Só sei que nada sei”. Em certa passagem de a Defesa de Sócrates, na qual se refere às calúnias de que foi vítima, o próprio filósofo lembra quando esteve em Delfos, local em que pessoas consultavam o oráculo (Resposta da divindade às perguntas feitas pelos devotos), no templo de Apolo para saber sobre assuntos religiosos, políticos ou ainda sobre o futuro.

Lá, quando o seu amigo Querofonte consultou Pítia indagando se havia alguém mais sábio do que seu mestre Sócrates resolveu investigar por si próprio quem se dizia sábio. Sua fala é assim relatada por Platão. “Fui ter com um dos que passam por sábios, porquanto, se havia lugar, era ali que, para rebater o oráculo, mostraria ao deus: “Eis aqui um mais sábio que eu, quando tu disseste que eu o era”“. Submeti a exame essa pessoa, é escusado dizer o seu nome: era um dos políticos. Eis, Atenienses, a impressão que me ficou do exame e da conversa que tive com ele, achei que ele passava por sábio aos olhos de muita gente, principalmente aos seus próprios, mas não o era.

Meti-me, então a explicar-lhe que supunha ser sábio, mas não o era. Á consequência foi tornar-me odiado dele e de muitos dos circunstantes. Ao retirar-me, ia concluindo de mim para comigo: “Mais sábio do que esse homem eu sou, é bem provável que nenhum de nós saiba nada de bom, mas ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, se não sei, tampouco suponho saber. Parece que sou um nadinha mais sábio que ele exatamente em não supor que saiba o que não sei. Dai fui ter com outro, um dos que passam por ainda mais sábios e tive a mesmíssima impressão, também ali me tornei odiado dele e de muitos ouros”.

Ao lermos essa passagem, podemos entender como a máxima socrática “só sei que nada sei” surgiu como ponto de partida para o filosofar . Podemos então fazer algumas observações: Sócrates não está voltado para si mesmo como um pensador alheio ao mundo, e sim na praça pública. Seu conhecimento não deriva de um saber acabado, porque é vivo e em processo de se fazer , tendo por conteúdo a experiência cotidiana. Guia-se pela principio de que nada sabe e, dessa perplexidade primeira, inicia a interrogação e o questionamento de tudo que parece óbvio. Ao criticar o saber dogmático não quer com isso dizer que ele próprio seja detentor de um saber.

Desperta as consciências adormecidas , mas não se considera um “farol” que ilumina: o caminho novo deve ser construído pela discussão, que é intersubjetiva , e pela busca das soluções. Sócrates é “subversivo” porque “desnorteia”, perturba a “ordem” do conhecer e do fazer, e por isso incomoda tanto os poderosos. Sócrates faz muitas perguntas , questiona, busca interlocutores a fim de discutir suas indagações. Mas nem sempre esses diálogos chegavam a uma resposta definitiva. Por isso continuamos a dizer que a filosofia é a procura , mas não a posse , da verdade. Segundo Nicéas Romeo Zanchett, A Morte de Sócrates há 2.400 anos ele disse: “Eu sou a minha alma". Isto demonstra que já sabia que a alma é imortal.

Pelas ruas de Atenas, envolto num áspero manto, com pés descalços e cabeça descoberta, vagava Sócrates distribuindo sabedoria. Era um homem fisicamente feio, mas manso e dócil como um santo. Tinha a profissão de escultor que pouquíssimas vezes exerceu, pois preferia esculpir sábias palavras. Pouco se preocupava com as dificuldades financeiras de sua família. Cuidava dos negócios alheios e esquecia os seus. Sua maior ambição era ser benfeitor da humanidade. Sua bondade era tão grande quanto sua sabedoria. Desejava ver a justiça social ser exercida em todo o mundo. Em Atenas era odiado e amado. Os políticos detestavam encontrá-lo para não terem de responder perguntas embaraçosas.

Para sua esposa Xantipa era um preguiçoso, mas para os jovens atenienses era um deus. Tinha a habilidade de estimular as pessoas a pensar. Outro apelido que costumava dar a si mesmo era de "parteira intelectual", porque auxiliava as pessoas a dar nascimento às suas próprias ideias, incentivando o uso do próprio pensamento. Com muita insistência afirmava que nada sabia. Dizia: "Sou o homem mais sábio de Atenas porque sei que nada sei". O objetivo maior de sua vida era ensinar os outros. Infelizmente, dizia ele, nem todos queriam ser educados. Um dia, ao chegar ao mercado para seu costumeiro debate filosófico, deparou-se com um aviso colocado na tribuna pública que dizia: "Sócrates é criminoso. É ateu e corruptor da mocidade. A pena de seu crime é a morte". Foi preso e julgado pelos políticos cuja hipocrisia costumava denunciar nas praças públicas. Ao ser interpelado pelos juízes, recusou-se a defender-se dizendo que sua obrigação era sempre falar a verdade. Os juízes o consideraram culpado.

Quando lhe perguntaram qual devia ser sua punição, ele sorriu sarcasticamente e disse: "Pelo que fiz por voz e pela vossa cidade, mereço ser sustentado até o fim de minha vida às expensas públicas". Foi condenado à morte. Durante trinta dias foi mantido numa cela funerária. Mesmo diante da morte permaneceu calmo, discutindo tranquilamente o significado da vida e o mistério da morte. Críton, o mais ardente dos seus discípulos, entrou furtivamente na cela e disse ao mestre: Foge depressa, Sócrates!-Fugir por quê? Perguntou-lhe.- Ora, não sabes que amanhã te vão matar?-Matar-me? A mim? Ninguém me pode matar!-Sim, amanhã terás de beber a mortal taça de cicuta - Insistiu Críton. - Vamos, foge depressa para escapares à morte!- Meu caro amigo Críton - respondeu-lhe - que mau filósofo és tu! Pensar que um pouco de veneno possa dar cabo de mim...

Depois puxando com os dedos a pele da mão, Sócrates perguntou: -Críton, achas que isto aqui é Sócrates? E, batendo com o punho no osso do crânio, acrescentou: - Achas que isto aqui é Sócrates?... Pois é isto que vão matar, este invólucro material, mas não a mim. EU SOU A MINHA ALMA. Ninguém pode matar Sócrates. E agora chegamos à encruzilhada dos caminhos, meus amigos, ides para vossas vidas; eu, para a minha morte. “Qual seja o melhor desses caminhos, só Deus sabe”. .Quando os homens julgam erradamente seu próximo, a história julgará os julgadores. Belos ensinamentos deu Sócrates à humanidade e naquele tempo já mostrava que todo ser humano é dotado de um corpo espiritual, assim como o apóstolo Paulo faz menções na Bíblia, o livro dos cristãos. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES- MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE-JORNALISTA

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 21/05/2015
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