Com Violência: O Rio de Janeiro em 1810
Não é raro que parte da sociedade deixe de perceber situações violentas quando elas se tornam corriqueiras. No Rio de Janeiro em 1810, em certa ocasião, homens considerados como objetos, eram acompanhados por portugueses, e eram golpeados sem piedade, com bengalas em suas costas. os negros muitas das vezes alto, nus, robusto e bonito, era o que não queria ser, veio ao mundo foi arrancado de sua casa, sem saber falar outro idioma ou língua, nunca mais iria ver sua família ou seus pais, pois tornaria em escravo no Rio de Janeiro. o escravo aqui no Brasil servia como predestinação a perda, muitos não passavam dos nove anos de vida escrava, não resistia a sua nova vida e fracassava. os que apenas pelo fato de ter passado próximo ao homem branco que encontrara servia de castigo e agressão por parte de seu senhor, pois o gesto de violência explícita servia para lembrar ao negro a sua condição e, assim, manter a autoridade portuguesa, uma vez que a população de cativos era seis vezes superior à dos senhores. o uso de violências pelas autoridade parecia irracional, servia para manter algum domínio.
O Brasil foi o último país a acabar com pratica de escravo,Entre os anos de 1806 e 1807, a Inglaterra acabou com o tráfico negreiro em todo o seu Império e mais tarde, em 1833, proibiu o próprio trabalho escravo. A partir de 1808, a luta pela extinção do tráfico tornou-se uma marca de sua política externa. Assim Em 1822, quando da proclamação da Independência, o tráfico de escravos africanos era bastante intenso, apesar das medidas tomadas nos tratados de 1810 e 1817. Na realidade, a importação de escravos aumentara no Brasil depois de 1815.
Os castigos corporais aos cativos eram comuns permitidos por lei e com a permissão da Igreja abarcando um dos períodos mais sangrentos da História, aos que desobedecessem as ordens era arrancados parte de seu corpo, braço, mão, olhos, dentes e até rasgava sua face para ficar a marca, a morte e mutilação dos negros como também o açoite, era uma brutalidade total, Segundo um regimento de 1633 o castigo é realizado por etapas: depois de bem açoitado, o senhor mandará picar o escravo com navalha ou faca que corte bem e dar-lhe com sal, sumo de limão e urina e o meterá alguns dias na corrente, outros colocados amarrados com as mão para cima de costas eram mandados pelos seus donos os próprios escravos o chicotarem. Outros castigos também foram retalhamento dos fundilhos com faca e cauterização das fendas com cera quente; chicote em tripas de couro duro; a palmatória, uma argola de madeira parecida com uma mão para golpear as mãos dos escravos.
Cenas de punições e torturas eram muito frequentes no cotidiano brasileiro no Rio de Janeiro em 1810, época em que os negros eram considerados mercadorias rentáveis e de raça inferior. Como já foi citado, os castigos eram brutais. Os tipos de penitência mais comuns eram mãos cortadas, chibatadas, troncos, argolas, gargalheiras, correntes nos pés e até mesmo permanecer durante horas fazendo a mesma atividade. Tudo dependia do bom senso e da moral do senhor.
A maioria dos escravos recebia péssimo tratamento. Comiam alimentos de péssima qualidade, Tais como: Caldo de laranja com farinha e banana, dormiam na senzala (espécie de galpão úmido, escuro e sem ventilação) geralmente abaixo das casa grandes de seus senhores. O chocante é que o escravo era propriedade de outro, podendo ser vendido, doado, emprestado, alugado, hipotecado, confiscado. Legalmente, o escravo não tinha direitos não pode possuir ou doar bens e nem iniciar processos judiciais, mas pode ser castigado e punido.
Antes do sol raiar, os negros eram encaminhados pelo feitor para os penosos labor nas roças de café, puxador de gados, roçadores entre outros serviços braçais bruto e pesado.
Menciono também outros métodos de extremo castigo, como estupros de negras escravas, castração, fraturas dos dentes a marteladas, por outro lado penduravam em uma trava horizontal com a cabeça para baixo, e sobre os corpos inteiramente nus, eles untavam de mel ou salmoura para que os negros fossem picados por insetos.
Com as grandes transformações no início do século XIX e com a chegada de máquinas na produção, forma mudando as relações de trabalhos e formando grandes fábricas, mesmo com todos esses avanços foi somente na metade do século que começaram a ser tomadas medidas efetivas para o fim do regime de escravidão.