Há Muitos Sofistas Hoje
Concordo muitas vezes com jornalistas ou outros sobre a questão do livro impresso versus o livro virtual e, obviamente, há muitas controvérsias!
Quem freqüenta livrarias são leitores críticos e podem comprar até livros de novatos - desde que os quais têm conteúdo: no título, na capa, na orelha e prefácio, na contracapa ou numa leitura rápida numa das páginas do livro. Caso o leitor tenha alguma empatia com o livro, ele compra sim. Há muitos sofistas e na internet e no papel tudo cabe!
Quando estudante e freqüentava livrarias que se em mãos o livro me envolvesse de alguma forma (na verdade eram poucos!, tanto escritores reconhecidos ou novatos), esse livro estaria em minhas mãos como mercadoria de bem cultural. Jamais adquiri um livro ruim simplesmente pelo fato de não comprá-lo porque não me atraiu: isso acontece também com os livros de bons escritores quando chegam a mim. Necessário ter empatia com os livros bons!
Dizia João Guimarães Rosa que o livro pode valer pelo muito que nele não deveu caber!
Quando recebo um livro certamente que vou lê-lo algum dia porque todo livro tem pelo menos algumas páginas boas que irão fazer parte da minha inspiração - algo raro e caro! Em sã consciência ninguém publica um livro sem antes consultar amigos, e escritores que, eventualmente, podem dizer se os livros são bons ou ruins. Até mesmo por que o escritor reconhecido pode fazer uma crítica escrita na orelha do livro ou no prefácio. Vale muito também quando o escritor se inicia com certa legião de leitores de outros estados e de distantes paragens. Quem possui textos excelentes e não tão bons – seja no livro impresso ou virtual –, cabem aos leitores suas críticas finais.