Tempestades da vida.

As tempestades na vida são passageiras.

Ninguém passa uma existência sem enfrentar tempestades sejam elas financeiras, de saúde, problemas de relacionamentos, dúvidas, temores...

Tudo natural dentro do contexto de aprendizado que estamos inseridos.

Contudo, todas sem exceção nos banham com a dádiva da experiência.

Podemos, pois, utilizar a experiência a nosso favor ou não.

Quando a experiência proporcionada pela tempestade se concretiza em modificação de nossos atos, melhor para nós, porque a utilizamos em nosso favor nos precavendo contra futuros dissabores.

Porém, quando não internalizamos e exteriorizamos a experiência filha da tempestade, fatalmente ela volta, não raro acrescida de trovões e raios.

Punição Divina?

Nada disso. Divina Pedagogia.

O caráter da dor é instrutivo, jamais punitivo. Alunos negligentes taxam o professor de injusto.

Alunos coerentes refletem nos porquês do seu sofrimento, ou seja, aprendem com a dor.

Vejamos o exemplo da natureza.

Por milênios espezinhada, machucada, tendo seus recursos retirados e não devolvidos, hoje está minguando.

Alguns dizem que é o final dos tempos, alardeando uma Punição Divina.

Em realidade é apenas a Lei da Vida funcionando em sua perfeita sincronia. Nada de punição, apenas orientação ao homem de como viver em harmonia.

Impossível retirar infinitamente sem nada restituir.

E como esse retirar desmedido anda ocorrendo com freqüência, as tempestades acrescidas de tsunamis e furacões causadas pela negligência, pelo esquecimento e pelo abuso vem se tornando uma constante.

Cabe, pois, ao homem decidir se quer aprender com essas tempestades, ou deixar o Planeta explodir.

O grave problema é que esbarramos em uma sociedade consumista.

E o consumismo faz o Planeta ser saqueado em seus recursos naturais apenas para atender o capricho de alguns.

Capricho este que vem fantasiado de necessidade e se reflete nos abusos de toda ordem.

Nada contra o progresso, porém, tudo a favor da utilização racional.

Para quê exagerar no consumo, na compra, na busca por qualquer bem?

Será ético sacrificar fauna e flora apenas para atender uma sociedade consumista?

Tema que merece nossa reflexão:

O abuso vem disfarçado de progresso, porém, um progresso que coloca o planeta em pane, ameaçando a vida das futuras gerações da raça humana, não pode ser devidamente chamado de progresso.

Só há uma forma de começar a mudar a”prosa dessa conversa”, e a forma está expressa na palavra Comedimento.

O comedimento, o utilizar racionalmente e inteligentemente os recursos naturais não renováveis, como o minério de ferro, por exemplo, podem dilatar seu tempo de vida.

A fauna e a flora na relação de bens renováveis também merecem nossa consideração.

Lembrando que somos Espíritos Imortais em busca do progresso, não ficaremos aqui para sempre, cedo ou tarde partiremos, será correto deixar a Casa Bagunçada para que as futuras gerações tenham que arrumá-la?

Vale a pena analisar nosso comportamento diante do que vem ocorrendo e perceber onde e como podemos atuar para que essas tempestades que nos assolam serviam para nos ensinar a viver em harmonia com o meio ambiente.

Wellington Balbo
Enviado por Wellington Balbo em 12/06/2007
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