LIVRARIAS VERSUS FARMÁCIAS

LIVRARIAS VERSUS FARMÁCIAS

Li algures que, Buenos Aires, mais precisamente na Calle Florida tem mais livra-rias do que farmácias, em contraste com as cidades brasileiras que tem mais farmácias do que livrarias. Dou o exemplo de Buenos Aires por a mesma estar inserida no mesmo continente e, por ser, assim podemos dizer nossa vizinha. E aqui está a questão, a tecla por mim premida já em outras minhas manifestações: Educação e Desenvolvimento.

Pois sem educação, sem cultura, nenhum povo, nenhuma nação, por melhores valores étnicos que possa possuir, chegará ao desenvolvimento sustentável condizente a povo civilizado.

Não será preciso ser sagaz ou muito inteligente para tirar as ilações do exemplo dado acima: de um lado mais livrarias, do outro lado mais farmácias. Aqueles não serão melhores que estes, estes não serão piores que aqueles. Tudo é uma questão de conheci-mento, do saber.

Ao governo de cada nação como seu principal gestor cabe a decisão: mais livrarias ou mais farmácias? Investindo-se em educação inevitavelmente sobrarão verbas para a saúde, pois diminuirão as filas nos prontos socorros e das baixas hospitalares, ficando aqueles para as urgências e, os hospitais com menos doentes, pois pela educação, ao proporcionar mais conhecimentos, melhorará a condição de vida de cada habitante e, consequentemente baixará o índice de doenças.

Portanto, a educação tem que ser prioridade e, deve começar por, ter mais e melhores prédios escolares, apetrechados com as modernas tecnologias que os novos tempos exigem. Melhor remuneração do magistério, não só para ter uma vida condizente com sua nobre profissão, mas para se poderem reciclar, e isso implica em mais gastos, desde o Fundamental, culminando no Universitário. É verdadeiramente lamentável o que os últimos governos tem feito com o magistério público, desde o governo de Fernando Collor, que subtraiu ao mesmo, conquistas alcançadas ao longo de suas carreiras. E o governo Lula que não se contentando em lhe negar aumento salarial ao longo de seus dois mandatos, ainda impôs aos aposentados universitários desconto nos seus já minguados salários, no INPS o qual estavam livres por leis anteriores, portanto rebaixando os seus vencimentos.

Enquanto isso, proliferam qual erva daninha as farmácias. E mais e mais gente doente com mau atendimento, jogados nos corredores dos Prontos Socorros; hospitais sem medicamentos às vezes até os essenciais e, sem um número de médicos indispensá-vel a um atendimento razoável, pois os mesmos também são mal remunerados quando atendem pelo SUS. Fica a pergunta, qual o melhor, mais livrarias, ou mais farmácias?

Eduardo de Almeida Farias

12.5.2007

Eduardo de Almeida Farias
Enviado por Eduardo de Almeida Farias em 12/06/2007
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