CRIANÇAS DAS ESTRELAS

Apesar de hoje o mundo estar dividido em países nações, percebe-se claramente que as “tribos” ainda existem. Na semana que passou, uma delas esteve em evidência. Com a divulgação das supostas fotos dos alienígenas capturados por americanos em 1947, no que ficou conhecido com o “Caso Roswell”, os ufólogos estavam em êxtase.

Atualmente o canal “History” exibe uma série chamada “Alienígenas do Passado”. Tenho assistido alguns episódios. Eles são interessantes e folclóricos. Além de mostrar que as “tribos”, sempre estão puxando a brasa para a própria sardinha.

O último episódio que assisti, tratava das “Crianças das Estrelas”. Que na minha geração eram conhecidos como gênios. Parece que desde sempre, os alienígenas vêm investindo na raça humana. Eles têm o poder de alterar o nosso DNA, e procriar com as mulheres terráqueas.

As crianças das estrelas possuem dons especiais. Em especial os mediúnicos. Mover objetos. Fazer uma flor florir acenando com a mão. Estranhamente no programa não apareceu nenhuma fazendo demonstração. E cravaram que Mozart, Picasso e Bobby Fischer eram crianças das estrelas. Allan Kardec e Chico Xavier também seriam?

Pior foi o acharque que fizeram com Pitágoras. Ele nunca soube nada de matemática. Aprendeu tudo com Astraios. Um menino que vivia numa praça olhando para o sol e se alimentando com o orvalho das árvores. Um dia com pena, o pai de Pitágoras o levou para casa. Sem Astraios, nada de teoremas. Não é nos batizar com a mediocridade?

Eu não comungo com a Teoria da Criação, tampouco com a evolução. Um Deus seria capaz de criar algo mil vezes melhor. Quanto à evolução, seria uma sorte danada os macacos não falarem. Seríamos motivo de chacotas deles. Eles se perguntariam com as mãos na cabeça, e com vergonha: Foi para essa espécie que nós evoluímos?

Se eu fosse de uma raça superior, o Ser Humano não estaria na minha lista de prioridade para investimento. Quem com um intelecto galáctico superior investiria numa espécie que dorme e acorda pensando em dizimar e escravizar os semelhantes? E como gafanhoto está destruindo seu único habitat.

É muito provável que nunca aconteça, mas se um dia eu escrevesse um romance de ficção, já teria o enredo. Imaginem um vilão com ideias de um terceiro Reich intergaláctico. E seus cientistas obrigados a criar raças de predadores.

No fim, talvez, a nossa não tenha sido escolhida. E seu criador num momento de piedade absoluta, passou por um sistema solar de quinta categoria, e jogou os tubos de ensaio no terceiro planeta. Quem sabe por ser o mais bonito. Ou, porque o combustível estava acabando. De qualquer modo, eu tenho uma certeza. Viemos das estrelas.