Petrobras e o Novo Rosto
Partindo do provérbio de que “depois da tempestade vem a bonança”, ainda podemos acreditar que a nova administração da empresa possa dar-lhe um novo rumo, implementando ali uma gestão técnica, sem a nefasta influência política. A experiência tem mostrado que “onde os políticos metem o dedo” cai por terra a eficiência administrativa. O perfil e a origem do novo gestor apontam-no para um caminho sem “o lamaçal” anterior. Quem entra já com o objetivo de corrigir danos, certamente vai cercar-se dos meios mais efetivos para garantir a sua involubilidade, blindando-se aos ataques externos.
Independentemente de a sua nomeação caracterizar-se como uma indicação política, havendo uma conduta ética, jamais vai se curvar às pressões de políticos corruptos, respondendo com sua coerente postura, ao afirmar: “estou aqui exatamente para coibir esse tipo de coisa”. E aí, então, há de mostrar que os salafrários bateram na porta errada. Sendo a corrupção uma via de mão dupla, onde trafegam o corrupto e o corruptor, não há como prosperar numa via de mão única.
Acionistas já demonstraram a confiança nesse novo gestor e a sociedade também já bota fé numa administração capaz de reverter a imagem da empresa tão enlameada pelos antecessores. Comentários de entendidos em administração já manifestaram as mais contundentes opiniões, afirmando peremptoriamente que uma empresa do porte da Petrobras não pode permitir que políticos ali metam o bedelho. Administrar é planejar, organizar, dirigir e controlar. Que o novo gestor tenha o controle da empresa, afastando qualquer ingerência política. É isto que os acionistas e a sociedade esperam de um técnico em administração empresarial.