É através da ideia sobre a morte que valorizamos em parte a vida que temos.
Pensar sobre a morte é o mesmo que abrir o buraco negro da angustia. Ninguém fica por ai refletindo sobre o dia ou a hora que irá morrer. Digo isso numa perspectiva de frequência, mesmo assim o assunto ainda é muito sufocante uma vez que a “VIDA” frente à morte seria uma suposta perda.
Alguns entendem que a vida é apenas uma passagem e que a morte é a transcendência para uma jornada superior e perfeita a essa que vivemos, sendo assim, o correto seria de forma virtuosa dedicar-se ao equilíbrio do corpo, da mente e da alma, tendo como essencial o proprósito de fazer o bem sem olhar a quem.
É bem provável que viver eternamente não seja algo mais fictício uma vez que alguns cientistas já cogitam a possibilidade de fazer o transplante de cabeça, descartando o corpo desgastado pela vida, doente, com algum tipo de deficiência por um perfeito, mais saudável, imortal. Porém, pensar no fim sempre traz um certo medo, já que é através da ideia sobre a morte que valorizamos em parte a vida que temos.
Apesar de que hoje uma boa parte da sociedade não compreende a vida como algo de valor imensurável, já que presenciamos tantos casos onde o próprio homem ceifa a vida do mesmo e até de outros seres por tão pouco, nos levando a enxergar a morte não mais como algo natural, mais como uma desgraça.
Morrer, ainda assim será uma ação natural ao ser, pois faz parte do ciclo da própria vida e a angustia não será tanta se a pré-ocupação do homem for utilizar a “existencialidade” da melhor maneira possível, transcendendo para ao encontro da morte, mesmo acompanhado pela angustia, pelo medo ou pelo receio do fim para o começo do desconhecido. Dessa maneira a finitude carrega na própria essência o infinito...