AS MINHAS AUSÊNCIAS

Amigos Recantistas,

Como primeiro motivo deste meu texto, gostaria de dar-Vos uma justificação da minha ausência no Recanto das Letras, a qual é devida, exclusivamente, à minha grande falta de tempo para fazer tudo aquilo que desejaria..., mas que não consigo. Essa falta de tempo reflecte-se tanto não publicando, como não comentando.

A segunda, que exponho com enorme frontalidade e com a sinceridade que me é tão peculiar, é a da questão dos comentários, isto é:

Ao publicar um texto, seja em que forma ele tenha sido escrito, eu submeto-o à crítica de quem o lê, a qual aceito com muito prazer, quer ela seja positiva, ou mesmo negativa. Desde que não tenha sido feita de forma insultuosa, é sempre bem-vinda, pois é, também com ela, que se aprende a sentir o que o leitor pensa do que escrevemos. Isso eu recebo muito bem e agradeço do fundo do coração. O que, muito francamente, me custa ler, é o comentário que é feito trazendo com ele o "apêndice" do convite à retribuição. Isso, muito sinceramente, tira-me o prazer de ir comentar. A acumulação de um certo número de comentários deste tipo, fez-me sentir que, algumas vezes, os comentários que são feitos ao que escrevo, vêm com essa segunda intenção. Ao analisarmos um comentário, somos, automaticamente, impelidos a ir ler o que escreve essa pessoa. Sou, com muito prazer, tentada a ir ler o que essa pessoa escreve e como escreve. Dou a seguir um exemplo do tipo de comentário que me soa a falso:

"Aplausos. Também escrevi "..............."

(e dá o título do seu texto)

Ora isto, obviamente, causa-me um certo sabor a comentário com convite a retribuição, implícita, e não deveria, quanto a mim. Bastar-me-ia "Aplausos" e eu iria, imediatamente, ler o que escreve este Recantista. O valor de um texto não é medido pelo número de comentários, quanto a mim, mas sim pela qualidade do comentário, mesmo que negativo. Se o leitor gosta do que escrevo, ele passa a ser seguidor do que escrevo. Aí sim, eu sinto que está a ser apreciado o que escrevo. Como já referi na minha página (neste momento em reconstrução), o facto de escrever, não faz de mim uma escritora. É preciso que eu inspire, no leitor, o desejo de continuar a procurar o que vou escrevendo.

Peço desculpa de ter tido o arrojo que muitos Recantistas não terão, mas que estou certa sentirão tal como eu. Certamente que quem comenta o que escrevo, daquela forma, deixará de voltar a comentar e isso só irá provar que terei razão para escrever o que acabei de escrever.

Um abraço a todos os que, como eu, amam a frontalidade.

Maria Letra
Enviado por Maria Letra em 21/04/2015
Código do texto: T5214633
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